Projeto “Conversas entre Educadores” completa 15 anos de existência

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A escrita e a sistematização de práticas são formas de promover mudanças significativas da educação. Enquanto não escrevemos, não nos posicionamos, outros profissionais, das mais diferentes áreas do conhecimento, dizem como deve ser a educação.

A Série Internacional -Conversas entre Educadores- nascida no Brasil e hoje sediada nos EUA completa 15 anos de publicações de uma maneira inovativa! Lançamos uma podcast no youtube para enriquecer seu dia.

Confira! https://www.youtube.com/@elliebodah2025

Em um dos episódios, entrevistamos o Professor Nei Alberto Pies, professor, escritor e ativista de direitos humanos: https://youtu.be/SHariHoRFJA?t=3

Em nossa última edição impressa, o professor Nei Alberto Pies escreveu o prefácio da publicação “Conversas entre Educadores”. Segue texto.

Primeiras palavras

“Interessante que a crise da pandemia gerou diferentes reações dos pesquisadores e educadores, menos a inação e a acomodação. A pandemia desafiou todos nós a pensarmos e repensarmos as práticas educativas, sobretudo com destaque ao papel fundamental dos sujeitos aprendentes: os estudantes e os professores e professoras.

Eliane Thaines Bodah protagoniza e organiza uma série de reflexões sobre “Conversas entre educadores: educação e pesquisa em tempos de pandemia”. Um esforço importante para estabelecer conexões entre diferentes conhecimentos que envolvem sujeitos da educação normal e que ajuda a reconhecer e reafirmar o sentido das teorias e práticas que estão sendo conjugadas pela escrita e sistematização, bem como o protagonismo dos sujeitos escreventes.

A escrita e a sistematização de práticas são formas de promover mudanças significativas da educação. Enquanto não escrevemos, não nos posicionamos, outros profissionais, das mais diferentes áreas do conhecimento, dizem como deve ser a educação.

Uma das formas de valorizarmos a profissão docente é também manifestarmos publicamente o que pensamos, o que acreditamos e o que fazemos a partir das nossas escolas e das nossas experiências educativas.

Embora já bastante estudadas, a sistematização e a escrita das práticas pedagógicas ainda não foram internalizadas entre a gente como estratégia de mudança e ressignificação do “fazer docente”. Parece estar ainda muito restrita ao fazer pedagógico que embasa as experiências educativas sociais e populares ou a estudos do “pessoal da pedagogia”.

Nesta perspectiva, é importante entender que os professores/as trazem uma bagagem específica de conhecimento (por sua formação acadêmica) e de trajetória de vida, mas podem juntos constituir aprendizagens significativas e específicas, gerando identidades próprias e específicas do “ser docente”.

“Ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho. Nos educamos juntos, mediados pelo mundo”, como já disse o educador brasileiro Paulo Freire.

Juntar estes diferentes textos, sejam em forma de textos acadêmicos ou em forma de relato de experiências, oportuniza compreender os diferentes processos em que se faz educação, seja no Brasil ou nos Estados Unidos. Mais interessante, ainda, pelo reconhecimento dos sujeitos que se dispuseram a escrever e relatar.”

Autora: Eliane Thaines Bodah. Também escreveu “Problematização na educação”: https://www.neipies.com/problematizacao-na-educacao/

Edição: A. R.

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