Quem eu sou? De onde eu vim? Para onde vou? Estas são perguntas que marcam a cultura filosófica em todos os tempos.
Desde os mitos até os mais sofisticados conhecimentos das ciências cognitivas, da psicologia, da psicanálise, da neurociência, tais perguntas não foram plenamente respondidas e por isso permanecem atuais.
O que me define, minhas origens, meu futuro não pode ser expresso com um nome, ou com uma explicação biológica, ou com a projeção de algo que hipoteticamente pode acontecer. Na tradição filosófica não faltaram definições sobre o humano, sobre a gênese, sobre a finalidade do existir.
Em seu livro O homem a procura de si mesmo, publicado pela primeira vez ainda em 1970, o psicanalista Rollo May construiu um conjunto de reflexões significativas no campo psicanalítico que nos ajudam a pensar tempo presente. Apesar de ser um livro escrito a quase 50 anos, suas reflexões permanecem atuais. May inicia perguntando sobre “quais são os principais problemas interiores do nosso tempo?” O próprio May ressalta que há três problemas que nos ameaçam e que estão interligados: o vazio, a solidão e a ansiedade. Vejamos rapidamente cada um deles.
Nas palavras de May a sensação de vazio provém, em geral, da ideia de incapacidade para fazer algo de eficaz a respeito da própria vida e do mundo em que vivemos. Trata-se de um vácuo interior que provoca desespero e futilidade.
O vazio faz com que as pessoas tenham dificuldade de tomar suas próprias decisões e passam a ser governados por autoridades anônimas como a opinião pública e assim cria-se o vazio coletivo. Para May, o uso de drogas, o consumismo, a insatisfação permanente são formas equivocadas de enfrentar o vazio existencial.
A solidão, diz May, é uma ameaça não violenta e penosa para muitos que não possuem a concepção dos próprios valores positivos do isolamento e até se assustam com a possibilidade de ficar sós. O medo da solidão e o vazio geralmente andam juntos e se fazem presentes quando uma pessoa não sabe, com convicção, o que deseja e o que sente; ou quando, numa época de mudanças traumáticas, percebe que as ambições e as metas convencionais que lhe inculcaram não proporcionam segurança e orientação.
Assim, passam desesperadamente a buscar em outras pessoas consolo, esperando delas orientação, ou alguma forma de segurança para não se encontrar sozinha diante da solidão e dos problemas que cada um precisa enfrentar. O medo de ficar só deriva da ansiedade de perder a consciência de si mesmo. Por isso a necessidade desesperada da aceitação social, o desejo de “ser estimado”, “o estar cercado de cordialidade”, e com isso a fala sensação de vencer a solidão.
A ansiedade é indicada pelo psicanalista Rollo May como sendo o terceiro problema interior de nosso tempo. A ansiedade não se deve exclusivamente as depressões econômicas, aos desastres políticos ou as guerras, mas decorre das mudanças traumáticas ocorridas nos últimos tempos.
Essa ansiedade faz com que as pessoas busquem desesperadamente “um salvador” que possa nos dar a sensação de segurança. É nesse cenário que geralmente surgem os regimes totalitários e os ditadores.
O totalitarismo, diz May, não surge porque um maníaco assume o poder, mas porque uma sociedade insegura se encontra vazia psicológica e espiritualmente e as pessoas preferem trocar a liberdade pela ilusão de se livrar da ansiedade produzida pela insegurança. A ansiedade se manifesta quando nos sentimos ameaçados sem saber o que fazer para enfrentar o perigo. Assim como numa guerra, quando o inimigo destrói o centro de comunicações, a ansiedade causa no ser humano o sentimento de desorientação e a perda da consciência de si mesmo.
O estado mais grave de ansiedade é quando ocorre a apatia, que significa o fracasso no sentir e no enfrentar de maneira construtiva a própria ansiedade. Se prestarmos atenção as manifestações de ódio que circulam pelas redes sociais, certamente nos daremos conta de que a ansiedade se tornou um sentimento bem presente e ameaçador em nossos dias.
Contribuir para que as crianças, jovens e adultos consigam conhecer a si mesmos e saibam enfrentar o vazio, a solidão e a ansiedade que nos ameaça constitui um desafio não só para a filosofia, mas para todos os que acreditam no poder da educação.
Autor: Dr. Altair Alberto Fávero
Edição: Alexsandro Rosset
Οlá!
Τаlvеz mіnhа mensаgem ѕeϳa muitо eѕресífіca.
Μаs mіnhа іrmã maiѕ vеlha enсontrоu um homеm mаravіlhosо aԛui е elеѕ têm um ótimo relaсіonamento, maѕ е еu?
Τenhо 28 anоѕ, Chrіstinа, da Rерúbliса Тсheca, também ѕeі inglês
Е… melhоr dizer іmediаtamеntе. Eu sou bіsѕexuаl. Nãо tеnhо cіúmеѕ dе оutrа mulhеr… esрeсіalmentе sе fіzermoѕ аmоr ϳuntoѕ.
Ah ѕim, eu cоzinho muito gostоѕoǃ e аdorо nãо ѕó соzinhаr ;))
Im menina rеal e prоcurаndo relаciоnаmеntо ѕériо е quentе…
De qualԛuer forma, vосê podе encоntrar meu perfil аqui: http://niyblacca.ga/usr-93868/
Oportuno e urgente as reflexões do texto, em um mundo cada dia mais vazio da perspectiva de pertencimento à comunidades e valores humanitários, solidários e de cooperação, que nos fazia apoiar mutuamente, seja na comunidade, igreja,associações….. Então ao vazio, projeta-se como um holograma, a vaidade e ao mesmo tempo o desespero de fingirmos a pertencer a um grupo seleto, “melhor”, escolhido pela divindade faz, parafraseando May, pensarmos e posicionarmos juntos às arbitrariedades de ditadores, como hoje vivenciamos