Meninos e meninas que recebem orientação
adequada têm mais chance de se tornarem
homens e mulheres civilizados,
tolerantes e fraternos.
O Dia Internacional da Mulher é mais uma oportunidade para o debate sobre a discriminação histórica de gênero, que está na origem da opressão, dos maus-tratos e do feminicídio. A luta das mulheres pela igualdade tem um aspecto inadiável, que é o combate à violência, mas inclui vários outros pontos, que vão das brincadeiras infantis segregacionistas à distinção de tratamento na escola e no mercado de trabalho.
Por isso, tão importante quanto denunciar preconceitos e agressões – e não pode haver transigência quanto a isso – é planejar políticas educacionais centradas na igualdade de gênero, tanto no âmbito familiar quanto no educacional. Meninos e meninas que recebem orientação adequada têm mais chance de se tornarem homens e mulheres civilizados, tolerantes e fraternos.
Nesse sentido, impõe-se uma imediata ampliação da participação das mulheres na política, na economia e em todos os setores da sociedade, para que seus pontos de vista sejam considerados no momento da tomada de decisões. As mudanças culturais não ocorrem da noite para o dia, mas só começam efetivamente a acontecer quando a sociedade elege e valoriza lideranças diversificadas, acatando o diálogo democrático como caminho para a solução de conflitos.
De acordo com pesquisa apresentada pela UNICAMP, a participação de mulheres como professoras nas Universidades cresceu 1% entre 2006 e 2016. Nesta edição, o Conexão busca entender os motivos para este fenômeno.
A igualdade de gênero não pode ser encarada como um modismo ou uma conquista de movimentos feministas. Tem que ser vista por todos como uma premissa indispensável para a construção de um mundo mais humano e mais justo.