A literatura da Sueli Ghelen Frosi é palavra que tem poder social, que brota de uma mulher que não consegue assistir, inerte, as injustiças, mas usa uma ferramenta poderosa para mobilizar e sensibilizar as pessoas de seu entorno para melhorar a vida de todos.
A literatura ao longo de sua trajetória vem provando que uma de suas funções primordiais é a humanização do ser, que transforma a vida através da linguagem. Porém, a literatura só exercerá completamente sua função se tiver um comprometimento social.
Assim, a linguagem tem o poder, de através da arte da palavra, abrir horizontes, vislumbrar mundos e apresentar através da reflexão a esperança social. Isso tudo, podemos comprovar na poética de Carlos Drummond de Andrade: “Uma flor nasceu na rua! Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto… É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”.
As denúncias das injustiças sociais, comprovamos na obra, por exemplo, de Castro Alves: “Negras mulheres, suspendendo às tetas/ Magras crianças, cujas bocas pretas/ Rega o sangue das mães… Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura… se é verdade/Tanto horror perante os céus?!” E, nessa leva de literatura engajada socialmente, temos Eça de Queiroz, Machado de Assis, Aluísio de Azevedo e outros.
Por que estou falando tudo isso? Porque alguns dias atrás, preparei o roteiro de uma entrevista e fiz a conversa no Programa Literatura Local, na TV Câmara de Passo Fundo com a colunista, filósofa, escritora e apresentadora, Sueli Ghelen Frosi e me dei conta que a sua literatura tem um engajamento com as reflexões do mundo, do ser humano e da mais profunda reflexão social. Assim, Sueli usa a palavra para denunciar, refletir, fortalecer e esperançar.
A literatura da Sueli é palavra que tem poder social, que brota de uma mulher que não consegue assistir, inerte, as injustiças, mas usa uma ferramenta poderosa para mobilizar e sensibilizar as pessoas de seu entorno para melhorar a vida de todos. Portanto, essa escritora combate a opressão que permeia nosso meio social. Dessa forma, o seu discurso derruba todas as barreiras excludentes, sejam elas, físicas, sociais e raciais.
Assista a maravilhosa entrevista que Sueli Ghelen Frosi concedeu em programa na qual ela é a apresentadora.
Para mim foi um grande prazer ter vivido essa experiência de entrevistá-la, pois assim posso entender, por que os livros estão sendo alvo de boicote ou de censura, pois a literatura que não se preste a denúncia, ou a reflexão para humanizar é palavra jogada ao vento, é chuva que não acaba com a seca é água que não mata a sede.