Repercutimos, nesta coluna, uma interessante reflexão sobre a importância e a necessidade de bons vizinhos, especialmente em regiões ou localidades onde as distâncias exigem maior zelo, companheirismo e cuidado entre os habitantes. Esta crônica é de autoria de Guido Lang, que mantém página no Faceboock: https://www.facebook.com/guidolang.escritor
“As famílias, como moradoras das retiradas localidades/linhas (em especial), valem-se deveras da “tarefa de vizinho”.
O isolamento geográfico, em função das distâncias e do escasso número de residentes, cria o “espírito e hábito da boa vizinhança”.
As necessidades, de muitas e variadas formas, favorecem as aproximações e interações sociais: onde “um auxilia o outro nas ‘extremas emergências'”.
Os afazeres, num “especial co-irmão”, envolvem “atender estranhos (nas ausências), auxiliar em tarefas (nas doenças), ceder excepcionais ferramentas/utensílios, externar um bom cumprimento, prestar socorro nos percalços, intercambiar artigos coloniais, prestar solidariedade (nas ocasiões de luto), vigiar o afluxo de estranhos”…
Os empecilhos, para “denegrir ou subtrair uma amistosa relação”, consistem em: “alterar rumos das demarcadas áreas, complicar com esporádicas incursões (de animais soltos na propriedade), descartar inconvenientes na terra alheia, externar comentários impróprios, demonstrar egoísmo/inveja (sobre as conquistas alheias), proibir o acesso a água (de fontes e riachos naturais), inibir passagens esporádicas por estradas (de roça), subtrair bens alheios”…
O adágio popular, através das convivências, comprovou: “melhor um vizinho próximo do que um parente longe”.
A “política da boa vizinhança”, como recomendação, consiste em “ser amigo de todos e de ninguém (ser íntimo) por demais”.
A realidade evidencia: “Um bom vizinho possui ‘aspecto de irmão’, enquanto um péssimo vizinho detém feitio de ‘pedra no sapato'”.
“A esperteza, para ‘conquistar bons assistentes’, está em ser um ‘excelente próximo'”.
“Os bons vizinhos, mesmo não se falando diariamente (e se visitando esporadicamente), sabem que têm alguém para contar quando precisam numa emergência”
(Crônicas das Colônias/Vivências)
Recomendamos também leitura de crônica “Vida na roça”: www.neipies.com/vida-na-roca-2/
Edição: A. R.