Amar: um jeito de incomodar os que odeiam

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O amor não tem hora,
nem pode ser obediente à
pretensa racionalidade dos políticos.
O certo seria o contrário. 

Andei lendo que alguns amigos e conhecidos estariam tentando submeter o amor de Lula às conveniências da política. Argumentam que essa não seria a hora de falar de amor.

Mas o amor não tem hora, nem pode ser obediente à pretensa racionalidade dos políticos. O certo seria o contrário. 

A política é que deveria seguir os rastros do amor. Quando segue, geralmente dá certo. Quando não dá, é porque não era amor.

Algumas esquerdas, mais do que as direitas, terão de aprender que amar é transgredir quase sempre e é até desagradar amigos que gostam de palpitar sobre os amores dos outros. 

Não tentem aprisionar também o amor de Lula. Que esse amor se liberte, se propague e nos contagie, até porque ficamos sabendo que é isso que Lula quer. Que todos fiquem sabendo do seu novo amor. 
O amor de Lula por Rosângela faz bem a todos nós. Só faz mal ao bolsonarismo. Amar também é um jeito bom de incomodar os que odeiam.

Por outro lado, um novo capítulo.

O tom geral da imprensa é de que o governo Bolsonaro acabou. Os jornais apenas refletem o cenário devastado de Brasília. Vinicius Mota, secretário de redação da Folha e colunista do jornal, anuncia que Bolsonaro será “reduzido a seu átomo original” e que começa a se esboçar um grande consenso para substituir o ‘projeto’ que não deu certo.

Outras abordagens mostram que os políticos estão sondando os militares e que a senha dos fardados é mais ou menos essa: entendam-se vocês, porque nós estamos fora. Por enquanto.

O resumo geral, juntando as vozes que se manifestam por toda parte, na política e nos jornais, é mais ou menos esse: Bolsonaro não tem, nunca teve, forças para reagir.

A trama se encaminha para o previsível desde Collor. A direita vai destruir a própria criatura via Congresso. Bolsonaro será boicotado em tudo, incluindo a reforma da previdência. E o próximo passo, dependendo da evolução do caso Flávio-Queiroz, todo mundo sabe. 

Se o plano não der certo e se Bolsonaro sobreviver, o governo irá se arrastar até onde for possível. Mas Bolsonaro não terá mais condições de dizer nem a fórmula da água. Bolsonaro pai e seus garotos serão figuras gasosas.

Lembraremos daqui a algum tempo que o governo chegou ao fim quando um dos filhos de Bolsonaro não se aguentou e pediu Lula livre ao vivo na TV.

Eu já espero o fim do pesadelo e estou pronto para a festa de casamento de Lula com Rosângela. O bolsonarismo acabando e Lula nos presenteando com um novo amor. Nada poderia ser mais simbólico. 

O ódio de Bolsonaro e dos filhos será soterrado pelo amor de Lula e Rosângela. Lula livre já, para casar logo.

Autor: Moisés Mendes, jornalista.

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