As coisas que o afeto ensina

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Afeto é o que fica. Esse afeto que percebe que o educar se faz nas miudezas. Para além de toda a tecnologia pedagógica atual.

É muito melhor aprender e ensinar quando existe afeto envolvido. Afeto não é apenas beijinhos, palavras melosas.

Afeto é afetar. É o compromisso de transformar o outro. O coletivo. É desafiar, abrir caminhos. É dar as mãos, é generosidade.

Não se educa sem generosidade. A escolha por ser professor deve passar por essa reflexão.

Serei capaz de me entregar com afeto à minha profissão? Serei capaz de afetar o outro de forma a transformar a sua vida?

Somos marcados por mapas afetivos para sempre! Escuto muitas pessoas dizendo que escolheram as suas profissões por conta de um professor específico. Por quê? Pela forma como esse professor afetou você pelo conhecimento. O afeto está na preparação da aula. Nas escolhas do professor. Na voz, no toque, nos pequenos gestos. No silêncio, na forma como esse avalia.

Aprendi que de nada vale estar em uma superescola, com um supermaterial, num superespaço, numa superlinha pedagógica se não há seres capazes de afetar e dispostos a serem afetados pelos outros!

Afeto é o que fica. Esse afeto que percebe que o educar se faz nas miudezas. Para além de toda a tecnologia pedagógica atual.

A afetividade é a via de comunicação mais eficaz entre professor aluno, possibilitando o reconhecimento da capacidade intelectual do educando. Se dizemos que a educação hoje está caótica e difícil, temos o dever de pensar nas causas que a levaram a esta situação, fazendo uma reflexão acerca do comportamento dos pais e do corpo docente, para que possamos encontrar as causas e soluções para os problemas na escola hoje. (Ana Manoela Detoni) https://www.neipies.com/educacao-e-afeto/

Autor: Marcelo Cunha Bueno, é diretor pedagógico da Escola Estilo de Aprender (SP)

Edição: Alexsandro Rosset

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