Caros Jovens: Muita Paz!
Deves considerar que, mesmo depois do parto, permaneceste ligado emocionalmente a tua mãe. Gradualmente, com o amadurecimento do cérebro, do sistema nervoso e do corpo, foste passando da dependência total dos pais biológicos ou adotivos para a independência gradativa, que ocorre durante os anos de tua infância. Aprendeste a engatinhar, caminhar, falar imitando os adultos à tua volta.
A construção da tua atual personalidade vai se consolidando entrelaçando com a individuação do teu espírito.
O teu caráter foi sendo construído. Ele se forma e consolida pela educação moral, emocional, espiritual e intelectual que recebeste na infância e agora na adolescência.
És um ser extraordinário, único, ninguém tem as tuas características, como o timbre da voz, as impressões digitais, a maneira pessoal de perceber tudo que te cerca.
Jovem, não esqueças: a vontade é a força principal do caráter. O ideal é que o teu caráter domine tua personalidade.
Educar a vontade é libertar-se dos vícios e paixões futuras. A vontade frouxa é a causa das quedas morais, desapontamento e fracassos dos adultos.
A tua primeira escola brilha no lar. Teus pais (ou responsáveis) foram os primeiros professores de teu caráter e da construção da tua identidade moral.
Se o teu lar teve alicerces religiosos equilibrados a tua estrutura moral é forte e consegues suportar, com equilíbrio, todas as provas que a vida apresenta.
Nos teus primeiros anos de vida o teu caráter foi sendo desenvolvido pela educação que recebeste e os modelos que imitaste. Precisas refletir sobre como te conectas com a tua dimensão transcendental.
Como é tua atuação na família, na escola e na sociedade?
Tens que honrar, amar e respeitar teus pais e a todos que te ajudaram a evoluir rumo ao futuro.
Agora que o teu corpo está se consolidando, tens um corpo jovem, o teu espírito está acordando, vais assumir o livre arbítrio de tuas escolhas, tomarás as rédeas de tua vida em tuas mãos.
Como será daqui para frente a tua vida?
Não esqueças de que o egoísmo e a intolerância são as causas da maioria dos males da humanidade, eles engendram o orgulho, o preconceito, a estupidez, a ambição, a inveja, o ódio e o ciúme que magoam e infelicitam as pessoas, levando a perturbação em todas as relações sociais no lar, na escola, no trabalho… Eles provocam brigas, destroem a confiança e nos obrigam sempre a ficar na defensiva e provocam a desunião nos lares até nas nações.
A caridade, o amor a si, a Deus e ao próximo são fontes de toda as virtudes que te asseguram a felicidade.
Precisas te questionar: – Sou uma pessoa de bem que cumpre a lei de justiça, amor e caridade e deposita fé em Deus? Coloco os bens espirituais acima dos materiais?
Tenho consciência de que tudo passa na vida?
Estou buscando a cada dia melhorar-me, auto conhecer-me, combater as minhas próprias imperfeições, respeitando e protegendo as pessoas e a Natureza?
Quero ser feliz?
O que eu escolho fazer do que fizeram de mim?
Agora és responsável pelas tuas escolhas.
Procure sempre refletir contigo: por que agi desta maneira? Ou o “o que aconteceria se eu tivesse agido de outra forma?”
Busca o sentido mais profundo da vida. Não fique na superficialidade, relute sempre em causar danos aos outros e a ti, tenha sempre como modelo de ação os grandes luminares da Humanidade, como Jesus, Buda, Gandhi, Moisés, Maomé, Allan Kardec, etc.
Sempre te inspire pela visão dos valores espirituais e verás que a dor, o sofrimento e as frustrações são desafios positivos que vão enriquecer teu espírito com novos conhecimentos e novos valores que impulsionarão tua vida.
O teu futuro te pertence.
Não desistas da vida. Ela te é concedida por Deus.
Vais construir a tua vida independente de teu lar e de teus pais. Ela está nas tuas mãos. Hoje estás construindo o teu futuro.
Em breve construirás teu novo lar, a tua nova família.
Serás também pai ou mãe!
Agora é contigo.
Sigas em frente, espírito imortal, filho de Deus, cidadão do Universo.
Sejas feliz!
Autora: Gladis Pedersen de Oliveira
Conheça um pouco mais da autora clicando aqui.
Propostas de uma atividade pedagógica Ensino Religioso
(8º e 9º anos do EF e 1º ano do EM)
A atividade proposta a seguir leva em consideração a “Competência da BNCC” que propõe reflexão com os alunos sobre o autoconhecimento, autocuidado, conhecer-se e compreender-se na diversidade humana, apreciar-se, cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo as suas emoções e a dos outros.
Primeira sugestão:
Propor aos alunos a leitura individual do texto “Carta ao Jovem”.
Após a leitura, o aluno poderá escolher duas ou mais questões propostas na carta para responder por escrito, objetivamente.
No grande grupo, cada aluno deverá apresentar as questões a que respondeu e oportunizar o debate sobre as respostas.
O professor fará a integração do assunto, considerando as reflexões propostas desta atividade: o autoconhecimento, o autocuidado, o uso do livre arbítrio, a responsabilidade sobre seus atos, o respeito a si, ao outro e à natureza.
Segunda sugestão:
Dividir a turma em cinco grupos para a leitura do texto no grupo, análise e conclusão dos seguintes aspectos da carta:
- Grupo 1 – A importância da educação moral, emocional e espiritual na família.
- Grupo 2 – A educação da vontade, a força principal do caráter.
- Grupo 3 – As causas da maioria dos males da humanidade que provocam as desavenças nas relações sociais.
- Grupo 4 – O livre arbítrio – o que eu escolho fazer do que fizeram de mim.
- Grupo 5 – O sentido profundo da vida. A valorização da vida individual e nos grupos sociais.
Observação: O professor circula nos grupos, interagindo e estimulando o debate. Apresentação das conclusões de cada grupo no grande grupo e integração final, feita pelo professor, destacando os conceitos básicos apresentados no texto.
Em outro encontro, o professor pode dar continuidade ao estudo sobre a importância do autoconhecimento. Iniciar a aula propondo a técnica de tempestade cerebral, com a palavra “biografia”. Anotar, no quadro ou tela, as respostas. Analisar com os alunos as respostas, até surgir o conceito mais específico do termo. A seguir, o professor pode apresentar rápida biografia de vulto ligado a uma tradição religiosa (Moisés – Buda – Josep Smith) ou apresentar sua própria biografia. Propor aos alunos que cada um faça sua autobiografia, do nascimento até o momento atual, por escrito, destacando as qualidades positivas de seu caráter assim como as menos positivas, sem se identificar.
Após recolher os textos das autobiografias, distribuí-los aleatoriamente entre os alunos para que cada um identifique quem foi o autobiografado analisado por si.
Avaliar com os alunos a experiência de se autoconhecer e conhecer melhor o outro colega.
Na integração da atividade o professor pode destacar que somos seres históricos (vivemos num tempo e espaço específico) e sociais, interagindo sempre uns com os outros.
Liberdade:Ajuda a pensar no propósito de vida e em quem você gostaria de ser daqui a 10, 50 anos. Ela te ajuda a pensar na missão de vida e o que gostaria de vivenciar nos anos que virão.
cultura do encontro:Além da gratuidade do amor, a cultura do encontro aponta também para a racionalidade da verdade. Nosso “ir ao encontro” é a atitude de deixar Deus, através de nós, “atrair” os fugitivos de sua bondade e verdade.