O fascismo mora na simplificação,
no ódio baseado em pensamento simplista.
Estamos flertando com o agrupamento de ideias e
pessoas que abriram mão ou não tiveram
acesso ao pensamento complexo e profundo.

 

É impossível acabar com o FASCISMO no voto. Da mesma forma o pensamento fascista.

Precisamos reconhecer isso.

Mas se temos eleições e elas estão permitindo que ideias e posturas fascistas governem o país, precisamos também lutar por votos. Mas essa luta é temporária e emergencial.

“A democracia burguesa tem a aparência da civilidade. Mas quando as coisas vão mal, ela abre as portas do inferno”. (Sociólogo Ricardo Antunes)

 

Mas passadas as eleições, independente do resultado, precisaremos enfrentar o fascismo (que aqui poderia ser simplificado com ideias que flertam com o racismo, machismo e homofobia, com ideias de supremacias que se impõe pela força; que acreditam que matar ou oprimir minorias seja a solução; que violência seria solução para algum dos nosso problemas sociais, políticos e culturais). Ficaremos hoje com essa simplificação, pelo potencial didático.

Se perdemos amizades e cortamos relações com amigos e familiares, precisaremos, deste ponto em diante, botar o dedo na ferida, abrir a caixa de “Pandora” dos temas e fatos que até então não falamos. Precisamos falar e se responsabilizar por dialogar com esta e com a próxima geração. O desgaste está só começando nesse sentido.

Podemos reconhecer que até aqui, nem escola, nem faculdade, nem universidade, nem família se responsabilizaram o suficiente na HUMANIZAÇÃO do nosso povo. De ensinar que pensar, procurar informações sérias e questionar sempre a realidade é como respirar. De mostrar que existem princípios na nossa condição humana que NÃO PODEMOS ABRIR MÃO. Pois isso coloca em risco a nossa própria vida.

Independente do cara ser conservador, liberal, de esquerda ou direita, indiferente ou extremamente engajado em ações políticas. Independente de posições econômicas e ideológicas que cada um deseje seguir como base. NÃO PODEMOS ABRIR MÃO do RESPEITO pela diferença. Respeitar e estar aberto a dialogar, escutar.

MAS NUNCA, NUNCA abrir mão do PENSAMENTO.

Pensar é como andar de bicicleta, aprendemos fazendo. Não aprendemos olhando e falando igual a quem pedala. Aprendemos pedalando. Assim como aprendemos a pensar sendo estimulados a pensar no diálogo, na leitura e na reflexão.

Seremos educadores sociais, responsáveis por humanizar, pelo estímulo à capacidade de pensar. Fake News é típico exemplo de pessoas que abandonaram a capacidade de pensar. E essas pessoas estacionaram no pensamento simples e superficial, de frases clichê. De repetir ideias simples para ter alguma vez na “explicação” da realidade. Mas sem ter trabalho nenhum de pensar e refletir.

E se formamos pessoas assim, o fascismo mora na simplificação, no ódio baseado em pensamento simplista. Estamos flertando com o agrupamento de ideias e pessoas que abriram mão ou não tiveram acesso ao pensamento complexo e profundo.

É sobre essa realidade que temos que lutar. Foco nas eleições, mas em poucas semanas é que o trabalho vai REALMENTE COMEÇAR.

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