Frei Carlos Raimundo Rockenbach não lembra, mas o conheci participando, de forma ativa, alegre e humorada, das Santas Missões Populares e de preparação para ordenações de padres na minha cidade natal, Campina das Missões. O que me marcou, na época de adolescente, era sua altura, sua voz pujante e seu jeito de cantar e animar.
Rockenbach nasceu em 14/07/1958, em Alecrim. Entrou no Seminário em 1979. Fez Filosofia na UPF em Passo Fundo. Depois de 3 anos junto aos Missionários da Sagrada Família, em 1982, passou a integrar a Ordem dos Freis Capuchinhos. É Frei Capuchinho há 37 anos e presbítero (padre) há 32 anos.
Trabalhou 11 anos como missionário, integrando a equipe das Santas Missões Populares. De 1998 a 2001, morou na França, Lyon e Paris, onde fez mestrado em Liturgia e Sacramentos. Foi professor por alguns anos em Porto Alegre, pároco em vários lugares, e de 2007 a 2011, Secretário do Departamento de Missão e Espiritualidade no CELAM, residindo em Bogotá.
Atualmente, Frei Carlos é pároco da Paróquia Santo Antônio, em Lagoa Vermelha, RS.
Uma alegria imensa poder entrevistá-lo, nestes tempos em que o Papa Francisco propõe “uma igreja em saída” e nestes tempos de pandemia, onde a igreja precisa refletir também sobre as formas de sua ação evangelizadora.
SITE NEIPIES: Quando, como e porquê nasceu em você o desejo de servir a Cristo e à sua igreja?
Frei Carlos: Eu venho de uma família muito humilde, bastante religiosa e engajada na vida da comunidade. Desde pequeno, junto com meus pais, primeiros e grandes catequistas, mais pelo exemplo do que por palavras, fui criando gosto pelas coisas de Deus. Entrando na fase da juventude, comecei a participar do Grupo de Jovens da paróquia. Um grupo muito ativo, assessorado por uma religiosa muito animada, criativa e dinâmica, Irmã Neófita.
Depois de muitos anos sem uma ordenação sacerdotal na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, de Campina das Missões, no dia 31 de dezembro de 1977, foi ordenado o saudoso Padre Gervásio Backes. E o Grupo de Jovens se envolveu de coração na preparação desta ordenação com uma peça teatral chamada: “O mártir do dever”, apresentada em todas as comunidades da paróquia.
A partir desta ordenação, já no último ano do 2° Grau, cogitei a possibilidade de fazer uma experiência no Seminário dos Missionários da Sagrada Família, em Passo Fundo. Em fevereiro de 1979, ingressei, cursando Filosofia, na UPF. Como trabalho pastoral, além da liturgia na paróquia, comecei a participar da JUFRA (Juventude Franciscana), pela qual fui tendo contato com os Freis Capuchinhos e me encantando com a mística e espiritualidade Franciscana, tanto que ao concluir o Bacharelado em Filosofia, no ano de 1982, ingressei no noviciado do Freis Capuchinhos em Marau.
SITE NEIPIES: Nasceste missioneiro, da região das Missões do RS. Quais são as características que destacarias do povo desta região e que carregas na tua vida pessoal e na tua atuação religiosa?
Frei Carlos: A região missioneira tem uma bela história, com a presença dos padres Jesuítas, e as sete Reduções dos povos guaranis, que buscavam resgatar e viver os valores das primeiras comunidades cristãs. Mas a região onde nasci e me criei é predominantemente de imigrantes alemães católicos, fervorosos, tradicionais, unidos e solidários. Chegaram à região no início do séc. XIX, tendo como primeira preocupação, a sobrevivência e a construção de um espaço religioso, onde se encontrar, cultivar e celebrar sua fé.
Este cultivo da fé, tinha como acento forte a piedade popular. A comunidade sempre foi a referência do povo. Foi neste ambiente, que foram cimentadas as bases da minha fé.
A participação na pastoral da juventude me ampliou os conhecimentos sobre a pessoa de Jesus Cristo, horizontes de uma fé mais engajada e comprometida com a vida e a história.
SITE NEIPIES: Quais suas maiores realizações como padre capuchinho?
Frei Carlos: O Carisma Franciscano Capuchinho é encantador, quando encarnado com paixão, parece que facilita o seguimento a Jesus Cristo. É difícil destacar algumas realizações, pois na simplicidade franciscana, as coisas que parecem ser as mais insignificantes se tornam grandes, reveladoras do mistério do amor incondicional de Deus. Destaco algumas grandes surpresas de Deus.
Eu nunca escolhi o que fazer e onde trabalhar, e disso nunca me arrependi. Desta forma, Deus me conduziu a lugares que eu nunca imaginava.
Nas missões populares, ao encontro da diversidade de povos e culturas com suas incontáveis riquezas, a convivência e partilha de vida com os mais pobres, o contato com as raízes da nossa história na velha Europa, o trabalho desafiante junto às 22 Conferências Episcopais da América Latina e Caribe.
Mas quero destacar, três experiências que para mim foram especiais: a) a Rota de Assis. Em julho do ano 2000, acompanhei 40 jovens franceses, conhecendo, a pé, com uma mochila de 15 kg nas costas, dormindo a céu aberto, os lugares onde viveu e por onde passou São Francisco de Assis. Além de conhecer, in loco, mais profundamente São Francisco, Santa Clara e outros santos e santas da Família Franciscana, durante a caminhada celebramos o mistério da vida de Jesus Cristo, deste o nascimento, ressaltando que Natal de 1223, em Greccio, onde iniciamos a caminhada, São Francisco com o desejo de contemplar o mistério da encarnação, inventou o presépio, até a ressurreição e o envio dos discípulos que celebramos no Monte Alverne, onde São Francisco recebeu as cinco chagas de Cristo; b) A graça de passar uns dias no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, onde em julho de 2010, fui assessorar dois encontros sobre a catequese inculturada no mundo indígena e um curso de Missiologia; c) Peregrinação na Terra Santa. Em maio de 2009, junto com um grupo de padres e leigos de diversos países da América Latina, tive a graça de trilhar os caminhos por onde Jesus passou e viveu. Foi uma experiência emocionante, que ajudou e ajuda e ler o Evangelho com outros olhos, a segui-lo com mais realismo e paixão.
SITE NEIPIES: Quais os grandes desafios da vida religiosa hoje, neste momento histórico em que o Papa Francisco pede uma Igreja em saída?
Frei Carlos: O Papa Francisco, inspirando-se em São Francisco de Assis, está resgatando o Jesus histórico, o Jesus que assumiu nossa condição humana em tudo, menos no pecado. Um Papa, que eu tive a oportunidade de conhecer ainda como Cardeal Bergoglio, que se despojou das heranças imperiais mundanas, recusando o “berço esplêndido” de um palácio, saindo e indo para junto do povo, principalmente dos excluídos do banquete da vida. Um Papa que busca seguir e testemunhar um Jesus Cristo concreto, humano, histórico e não abstrato e distante. Por coragem profética, por seus sábios ensinamentos, exortações e encíclicas, mas sobretudo, pelo seu exemplo e sua empatia com o povo, ele nos indica o grande desafio da vida religiosa: o seguimento fiel a Jesus Cristo, configurando-nos com ele em seu ser, seu agir e seu estilo de vida.
A missão, ou seja, a Igreja em saída, encontra sua razão maior no próprio Deus, que não se fecha em si mesmo, mas pela encarnação de Jesus Cristo e pelo dom do Espírito Santo, vem ao encontro da humanidade. Portanto, é da essência da Igreja e particularmente da vida religiosa, estar em saída, ser peregrina, itinerante, indo ao encontro do povo, sobretudo dos mais sofridos, abandonados e excluídos. A Igreja, e dentro dela, a vida religiosa “é”, ao sentir-se enviada em missão.
SITE NEIPIES: Durante 11 anos foste parte de uma equipe que percorria cidades do RS e do Brasil promovendo as Santas Missões Populares. Que experiência foi esta? De onde tiravas tanta motivação e entusiasmo para as pregações, as escutas e as visitas às famílias e comunidades?
Frei Carlos: A primeira inspiração é o próprio Jesus Cristo, o missionário do Pai. Depois, São Francisco no processo de sua conversão, ainda não tendo claro o que Deus queria dele, um dia ao escutar o evangelho do envio dos dose apóstolos à missão, entusiasmadamente exclamou: “É isso que eu quero, é isso que eu procuro”.
A mística Franciscana Capuchinha é essencialmente contemplativa e missionária. Em 1982, quando estava fazendo o noviciado em Marau, RS, aconteceram naquela paróquia as Missões Populares Capuchinhas. Como noviços, nos envolvemos muito, me encantei, e disse: se Deus me conceder a graça, eu um dia quero fazer parte dessa equipe. E por 11 anos, tive esta graça de percorrer várias regiões do Brasil, atuando nas três etapas da missão:
a) Pré-missão, período de encaminhamento, motivação, preparação;
b) a Missão, que consiste em vários dias de pregação, celebrações, encenações, visitas, escuta, atendimentos;
c) Pós-missão, que acontece por meio de cursos de formação e aprofundamento para as lideranças das paróquias, continuadores da missão. Por 9 anos eu fui o responsável por esta terceira etapa, realizando cursos de formação bíblica, catequética, litúrgica e Pastoral. É importante ressaltar, que a missão não é um momento estanque na caminhada da Igreja, mas em todas as atividades pastorais deve perpassar o espírito, a mística missionaria.
SITE NEIPIES: Fale-nos um pouco da espiritualidade franciscana e de como ela foi fazendo parte de sua vida e de sua atuação pastoral.
Frei Carlos: Já nos tempos da Pastoral da Juventude, na militância ecológica, e por influência de maus pais, São Francisco começou a ter uma crescente simpatia na minha vida, mas um conhecimento maior da espiritualidade franciscana eu fui adquirindo por meio da participação na JUFRA (Juventude franciscana). O mergulho mais intenso nesta espiritualidade se deu durante o ano do noviciado.
O despojamento total, a simplicidade, a opção pela pobreza e pelos últimos do seu tempo, especialmente os leprosos, a sensibilidade sacramental que levava Francisco a reconhecer a presença de Deus em todas as criaturas, chamando-as de “irmãos e irmãs”, dizendo: “tudo me fala de Deus”, a radicalidade no seguimento a Jesus Cristo, humilde e pobre, fazendo do Evangelho sua regra de vida, me cativou e continua me cativando e sendo para mim uma contínua inspiração, mas também um grande desafio.
Hoje temos à frente da Igreja, como sucessor de Pedro, provavelmente um dos mais fiéis discípulos de São Francisco: o Papa Francisco. Ele leva a mística franciscana a ultrapassar as fronteiras do próprio cristianismo, através de um profundo diálogo com todos os povos e culturas, através do protagonismo na luta pela preservação e a salvação da Mãe Terra e o resgate valor inalienável de toda vida humana.
SITE NEIPIES: Qual foi sua atuação junto ao CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano). Que aprendizagens tirastes desta rica experiência junto aos bispos e religiosos da América Latina?
Frei Carlos: O convite a assumir a secretaria do Departamento de Missão e Espiritualidade no CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), feito pelo então presidente, Cardeal Raimundo Damasceno Assis, ex-arcebispo de Aparecida do Norte, foi uma das grandes surpresas da minha vida. Não me achava à altura de tal responsabilidade. Aceitei a missão. A sede do CELAM fica em Bogotá – Colômbia. E o Departamento de Missão e Espiritualidade compreende quatro dimensões da vida da Igreja, com as quais me ocupava: Liturgia, Catequese, Missão e Piedade popular.
O principal instrumento de trabalho, era o Documento de Aparecida, fruto da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho, que aconteceu no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, de 13 a 31 de maio de 2007. Este Documento resgata e incentiva fortemente a dimensão missionária da Igreja. A partir deste Documento, dentro das quatro dimensões do Departamento e das dimensões dos outros seis Departamentos do CELAM, tínhamos um Plano de projetos para quatro anos, 2007 -2011.
O meu trabalho e o dos demais seis secretários era viabilizar estes projetos junto às 22 Conferências Episcopais da América Latina e Caribe. Foi um trabalho intenso, internamente na sede do CELAM, e também com muitos cursos, encontros por praticamente todos os países latino-americanos e caribenhos. A diversidade e a dinamicidade da Igreja, a riqueza cultural, o testemunho abnegado de incontáveis cristãos engajados nos diversos serviços e ministérios, foi um grande aprendizado, uma grande bênção de Deus.
SITE NEIPIES: Escreveste e publicaste, em 2019, junto com colega, um Livro chamado “Introdução à Liturgia”. Qual é relação entre liturgia e vida cristã em comunidade?
Frei Carlos: Na verdade eu havia elaborado este livrinho no ano de 2006, quando atuava como pároco da paróquia Santo Antônio do Partenon em Porto Alegre e era o referencial da Liturgia no Vicariato de Porto Alegre. Esta edição que saiu pela ESTEF (Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana), é uma versão revisada e um pouco ampliada da primeira versão. É um livro destinado principalmente para a formação de lideranças das comunidades, por isso, é de um linguajar simples, facilmente assimilável, do essencial que precisamos conhecer para celebrar melhor o mistério de Jesus Cristo e alimentar nossa fé.
SITE NEIPIES: Na sua visão, o que identifica e o que caracteriza o jeito de ser e viver do cristão católico?
O jeito de ser e viver do cristão católico, em todos os tempos, e mais intensamente hoje, nesta névoa de incertezas, nesta pulverização de expressões religiosas, nesta onda polarizante de fanatismos e intolerância, se caracteriza pelo seguimento e pela configuração com Jesus Cristo, no assemelhar-se a ele em seu ser, agir e estilo de vida.
Jesus, deixa bem claro quando nos convida: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz todos os dias, e siga-me”. Também quando fala da identidade do cristão católico, logo após o gesto do lava-pés nos diz: “É pelo amor que tiverdes uns pelos outros que todos saberão que sois meus discípulos”.
É indispensável ter a sensibilidade e a fé de reconhece-lo presente na sua Palavra, na Eucaristia, na Igreja, seu Corpo, e nos outros, especialmente no mais necessitados, vivendo com eles a misericórdia, a compaixão, a solidariedade: “Tudo o que fizestes a um desses menores, meus irmãos, foi a mim que o fizeste”.
SITE NEIPIES: Qual é a mensagem do Cristianismo para este momento histórico?
Frei Carlos: A razão da fé cristã, é a ressurreição de Jesus Cristo. Por mais difícil que possa parecer, por mais que as forças do mal parecem agigantar-se, por mais que um sistema de morte parecer perpetuar-se, por mais que a idolatria do mercado multiplica os sacrifícios humanos no altar da humanidade, a força da vida que vem do Deus da vida, e que remove a pedra pesada do túmulo, vence o último inimigo: a morte, com todas as suas formas de expressão. Esta fé que moveu os apóstolos e os incontáveis santos e santas na história, deve ser também a nossa razão de viver.
Nós somos membros do corpo de Cristo que venceu a morte, se formos dóceis ao mesmo Espírito que o moveu a fazer somente o bem, com ele haveremos de ser vencedores.
SITE NEIPIES: Qual é a importância do diálogo inter-religioso, frequentemente praticado e difundido pelo Papa Francisco, neste momento histórico?
Frei Carlos: Todos, independente de nacionalidade, raça, religião, somos inquilinos temporários na mesma Casa Comum, a Mãe Terra. Apesar de toda esta rica diversidade, com suas contradições, os mesmos problemas nos afetam, os mesmos sonhos nos movem, por isso o entendimento a partir do que temos de comum, é de fundamental importância, ter como meio e caminho, o diálogo. E existem muitas pessoas que tem responsabilidades sobre os povos, e são movidos pelo bom senso, estão abertos a este diálogo. Por isso, mais do que competir, guerrear, é preciso unir, dar as mãos.
Neste aspecto, o Papa Francisco, é uma pessoa iluminada, carismática, que vai ao encontro das lideranças das nações, dos Movimentos Populares, e de todas as forças influentes, buscando proximidade, entendimento e soma de forças no empenho de salvar nossa Casa Comum e tudo o que ela contém. Somos um grande organismo vivo, e o diálogo inter-religioso, é o caminho para superarmos divisões, darmo-nos as mãos, superarmos adversidades e construirmos a unidade.
SITE NEIPIES: Que aprendizados a Igreja Católica Apostólica Romana está fazendo a partir da necessidade do “isolamento social” em função da Pandemia do Covid-19, nas suas formas de comunicar e levar a mensagem de Cristo a quem queira ouví-la?
Frei Carlos: É uma experiência ímpar, um aprendizado, sobretudo, um momento de refletir sobre o sentido e a fragilidade de nossa vida. refletir sobre os valores que cultivamos, e o que verdadeiramente importa.
O isolamento social, associado a todas as recomendações das pessoas sensatas, por ser comprovadamente o meio mais seguro de proteção e evitar o contágio, é a grande insistência do Papa Francisco, da presidência da CNBB, como expressão dos que amam a vida. Com o isolamento social, evitando aglomerações, também nos ambientes celebrativos, despertou-se para a importância das formas virtuais de comunicação e de celebração da fé, e a valorização da família como “Igreja Doméstica”, lugar por excelência do cultivo da fé, da oração, da escuta e da convivência.
As celebrações sem a presença física dos fiéis, soa um pouco estranho, mas por outro lado, nos bancos vazios, a gente tem presente todas as pessoas, a humanidade e vai criando a percepção do templo global, com a presença de toda a humanidade, com quem e por quem a gente celebra. Toda esta mudança, requer docilidade ao Espírito Santo que desperta em nós o senso da criatividade, para poder chegar ao coração dos que rezam conosco de forma virtual.
SITE NEIPIES: Que mensagem gostarias de deixar aos que leem esta entrevista agora, principalmente aos jovens e professores?
Frei Carlos: Num mundo marcado pela cultura do ódio, da indiferença e da intolerância, somos chamados a resgatar e viver a solidariedade, a misericórdia, a compaixão, que se expressam pela ternura que é parte fundamental do ser humano como oferta e como demanda. Está inscrita no mais profundo de cada ser humano.
A ternura é super-abundância do amor compartido. A ternura é o amor que abraça, envolve, protege e salva. Esta ternura abraçadora, envolvente, protetora e salvífica é da essência de Deus. Em Maria e em Jesus a ternura divina se manifesta em toda sua plenitude. Viver a ternura não é possível sem a graça de Deus.
Ser compassivos para com os outros, parte da experiência da própria necessidade da ternura de Deus, em quem a misericórdia e a fidelidade, a compaixão e a solidariedade se entrelaçam num abraço que abarca toda a humanidade, e toda a criação.
A ternura é a mais formidável, universal e misteriosa das forças divinas inscritas no coração do homem capaz de transformar o mundo. A ternura é a chave que abre os corações fechados e transforma os corações empedernidos em corações de carne.
SITE NEIPIES: Algo a mais que gostarias de dizer.
Frei Carlos: Sou muito grato a Deus que não se deixa vencer em generosidade e misericórdia. Seu amor é incondicional. Sou grato às incontáveis pessoas que no anonimato colocam seus dons a serviço da vida e de um outro mundo possível, mais justo, fraterno igualitário, um mundo sem senhores e escravos, mas um mundo de irmãos.
Sugestões de uma prática pedagógica
Esta atividade pode ser aplicada a estudantes do sétimo ano, segundo trimestre, Unidade temática “Manifestações religiosas/crenças religiosas e filosofias de vida”, Objeto de Conhecimento: “Lideranças religiosas” e “Habilidades”: reconhecer papéis atribuídos às lideranças de diferentes tradições religiosas/identificar lideranças religiosas presentes no espaço municipal e suas contribuições à formação espiritual/exemplificar líderes religiosos que se destacam por contribuições à sociedade.
Questões para aprofundamento conhecimentos da Igreja Católica, Apostólica e Romana.
- Uma das formas de seguir a Jesus Cristo, na Igreja Católica, é a ordenação presbiteral (ser padre). Você leu a história e a atuação do Frei Carlos Raimundo Rockembach. O que mais lhe chamou atenção?
- O Papa Francisco pede uma Igreja em saída. O que significa uma Igreja em saída? (aprofundar o assunto com pesquisas na internet)
- Segundo Frei Carlos, o que identifica e o que caracteriza o jeito de ser e viver do cristão católico?
- Quais são os esforços do Papa Francisco na promoção do diálogo inter-religioso?
- Frei Carlos segue a espiritualidade franciscana (de Francisco de Assis). Faça uma pesquisa na internet sobre a vida e as ideias de Francisco de Assis.
- O que são as Santas Missões Populares? (Pesquise na internet, ou nesta matéria, e faça um resumo). Se você tem familiares católicos, pode também conversar com eles para ver se já participaram de eventos de Santas Missões Populares e pode registrar esta conversa, em forma de memória.