Desafio do momento

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A reflexão proposta neste texto tem por objetivo alertar o educador, pai, mãe, professor, adulto em geral, sobre como devemos agir na educação das nossas crianças e jovens, tanto no lar, na escola, ou no convívio social em relação à busca de suas identidades e integração consigo mesmas, com os outros e com a divindade.

O esforço da experiência por buscar a própria identidade nos conduz ao autodescobrimento, à percepção do que realmente somos e representamos para a vida. Vamos nos dando conta da finalidade da nossa existência, mas, também, das nossas fragilidades, do excesso de preocupações que estávamos tendo em relação ao que é imediato, que traz triunfo e sucesso aparente, que provoca a ansiedade, o medo, a solidão íntima, esquecendo a importância da paz interna.

Por muito tempo perseguimos metas exteriores, disfarçamos nossas emoções e corremos atrás de falsa realização pessoal sem darmo-nos conta de que estas conquistas, meramente materiais, têm pouca significação em relação ao verdadeiro sentido da vida.

Gradativamente, nos embates da nossa vida, acabamos por deixar aflorar, desabrochar, depois de grandes desafios, admiráveis recursos interiores que estavam aguardando o momento de vir à tona… é o desafio que o filosofo grego Sócrates (470Ac – 399Ac) encontrou no oráculo de Delfos: CONHECE-TE A TI MESMO. Que coisa que eu sou? Quem sou eu?

Vamos nos dando conta da nossa origem divina, que somos parte integrante de todo mundo vivo, criado por Deus, que somos, também, na nossa maneira de ser, único, excepcional. O auto encontro inicial vai nos saturando de sentimentos de equilíbrio e bem-estar, da percepção de novo e profundo sentido para nossa vida. Entretanto, é um processo longo, doloroso, exige esforço consciente e perseverante, sem perder o interesse pela luta de crescimento moral, emocional e espiritual. Esta experiência consciente desenvolve o respeito por nós mesmos, o auto amor, amplia nossa visão sobre os outros e o meio social onde atuamos. Naturalmente nos tornaremos mais compreensíveis, amorosos e solidários pois teremos rompido com as ilusões do ego, na busca de nossa plenitude integral.

Que estratégias podemos nos utilizar para estimular nosso processo de crescimento?

Primeiro, identificar nossos defeitos e as boas qualidades que temos, sem autojulgamento, sem auto culpa. Ir lá no íntimo e buscar eliminar os problemas que nos causam conflitos, sofrimentos. Reconhecer nossas qualidades, desenvolver novos valores morais que nos harmonizem, nos renovar sempre para o melhor. É uma ação consciente.

A meta seguinte, nesta caminhada, é buscar o verdadeiro significado de estarmos vivos, aqui e agora. Este procedimento de autoconsciência lógica nos mostra o que devemos fazer e como fazer, abrindo campo para a criatividade, espontaneidade e imaginação, conduzindo nossa atenção para dentro de nós mesmos e sentir a nossa força íntima. Desta forma, refletindo sobre nossas emoções e sentimentos, vamos enfrentar os desafios naturais da vida com mais disposição e equilíbrio, sem nos desestruturarmos.

A meditação é uma atitude que oferece ótimo recurso para uma incursão profunda dentro de nós e independe de compromisso religioso. A busca do silêncio, quando procuramos descontrair, num recanto isolado, entre quatro paredes ou junto à natureza, nos enche de paz. A observação solitária do céu, das nuvens, do nascer ou pôr do sol, da lua, dos astros, do voo das aves, das plantas, o sentir a brisa no rosto, o respirar fundo e expirar, caminhar conosco mesmo, de pés descalços na grama, na areia da praia, chutar as ondas à beira mar, extasia nossa mente, ajuda-nos a nos perceber como parte integrante da criação divina. Nestes momentos mágicos, sem contatos virtuais, mas naturais, nos conectamos conosco mesmo. Ao elevar nosso pensamento numa prece sincera de gratidão ao Criador por tudo que temos, chegamos à nossa essência.

A introspecção oferece clima de segurança emocional, calma, amadurecimento psicológico, e ajuda a no auto identificar com a nossa humanidade através de uma consciência ética, de lucidez intelecto-moral que emerge da rotina e encontra a si mesmo. Neste contexto, o pensamento é a força viva, ativa, que precisa ser direcionado pela nossa vontade para ser educado.

Pensar de maneira salutar é compromisso valioso para gerar otimismo e paz, iniciando programa de ações corretas… Tudo quanto se tenha que fazer, pensar antes, delineando um programa cuidadoso, no qual o improviso não tenha lugar, nem tampouco o arrependimento tardio”. (Livro – Autodescobrimento – Divaldo P. Franco, pág. 79, Ed. Leal)

A reflexão proposta neste texto tem por objetivo alertar o educador, pai, mãe, professor, adulto em geral, sobre como devemos agir na educação das nossas crianças e jovens, tanto no lar, na escola, ou no convívio social em relação à busca de suas identidades e integração consigo mesmas, com os outros e com a divindade.

Temos que levar em conta que precisamos, primeiro, fazer o retrospecto de nós mesmos, trilharmos este caminho do autodescobrimento, assim nos tornando aptos a encaminhá-los nesta direção. O discernimento sobre os objetivos e significado da vida vai proporcionar-lhes a harmonia íntima e a natural integração de si com os outros a sua volta, e o meio natural onde estão inseridos. Não podemos esquecer que nós, seres humanos, temos em nossas vidas um psicotropismo que nos impele a crescer e nos direcionarmos para Deus.

Procure sempre refletir contigo: por que agi desta maneira? Ou o “o que aconteceria se eu tivesse agido de outra forma? Busca o sentido mais profundo da vida. Não fique na superficialidade, relute sempre em causar danos aos outros e a ti, tenha sempre como modelo de ação os grandes luminares da Humanidade, como Jesus, Buda, Gandhi, Moisés, Maomé, Allan Kardec, etc. Leia mais: https://www.neipies.com/carta-aos-jovens/

Autora: Gladis Pedersen de Oliveira

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