Desafios

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A Olimpíada da nossa vida tem muitos troféus e sabemos o que significou cada esforço para conquistá-los. Sempre temos e teremos motivos para comemorar, movidos pela paixão do viver.

Diante dos desafios enfrentados, é importante desenvolvermos a atitude de autoconfiança, que facilita a busca de uma meta, tendo foco nos objetivos almejados. Trata-se de saber querer e saber desejar.

A atuação dos atletas, que vemos nas Olimpíadas, nos traz diversas reflexões, desde o desempenho individual, quanto coletivo, nas diversas modalidades de esporte a qual se dedicam. Como se trata de uma competição entre os melhores, é evidente que vencerá sempre o que tiver melhor desempenho, no momento de sua apresentação. Houve o tempo intenso e disciplinado de treinamento, nas técnicas. Ocorreu o preparo necessário nas dimensões física e psicológica, para atingir a meta, e no momento decisivo do desempenho, é posta a prova a autoconfiança, a resiliência, o foco, o talento do atleta e sobretudo o seu discernimento diante das dificuldades encontradas.

Vários fatores interferem nessa dinâmica: pessoais, coletivos e circunstanciais. Para atingir o êxito, há uma caminhada de dedicação pessoal e de esforço coletivo, tendo a autoconfiança como um eixo de equilíbrio.

O sucesso não surge como um presente, uma gratuidade. Há um registro de muitas horas de solidão, de renúncia, de inquietações, de dúvidas, de escolha de prioridades, que constituem a carga psíquica carregada pelo atleta e que ele precisa saber lidar, com disciplina e tenacidade. Assim se registram as grandes conquistas da história humana, tanto nas artes, quanto nas ciências e no esporte ocorre o mesmo.

No ambiente de competição esportiva, como uma Olimpíada, reúnem-se os melhores, cujas medalhas recebidas expressam o reconhecimento público de um desempenho perfeito, cujas avaliações apoiam-se em diferenças de segundos, de décimos de tempo. É o instante, que não se repete. Foi ali, naquele momento, que o atleta evidenciou o seu preparo e mostrou sua performance. Não se pode esquecer, é lógico, os fatores intervenientes, como as condições familiares, as resistências psicológicas, as condições econômicas, o enfrentamento de contrariedades e o desejo de vencer.

Em momentos decisivos como esses vividos na Olimpíada, as emoções flutuam como as ondas do mar, ora intensas, perigosas, desafiadoras, ora mais mansas, vestidas de ternura e mansidão. Esse também é o flutuar da nossa vida. Às vezes, dominamos a onda forte, com nossas pranchas resistentes, outras, ela pode nos derrubar e nem sempre nos levar à praia mansa, mas ao alto mar solitário e desafiador.

Os desafios fazem parte do viver. Viver é saber lidar com desafios, é confiar na própria capacidade de superação de limites, rompendo a zona de conforto. Isso serve para todos nós, anônimos, que escolhemos pela dignidade de seres livres. A Olimpíada da nossa vida tem muitos troféus e sabemos o que significou cada esforço para conquistá-los. Sempre temos e teremos motivos para comemorar, movidos pela paixão do viver.

Autora: Cecilia Pires. Também escreveu e publicou no site “A fala das àguas”: https://www.neipies.com/a-fala-das-aguas/

Edição: A. R.

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