Servidores públicos, estudantes, doentes, desempregados,
aposentados já foram classificados como fardos.
Simples assim! A educação brasileira agoniza!
O ataque do governo Bolsonaro ao setor educacional continua de forma descarada. Universidades foram acusadas de locais de “balbúrdia”, de manterem plantações de maconha, coisas nunca provadas. Fruto dos delírios dos seguidores do presidente.
Professores acusados de proselitismo marxista, de promoverem doutrinação dos seus alunos. Como se sabe, doutrinação é feita em igrejas e partidos políticos. Em sala de aula, discute-se, argumenta-se e busca-se analisar o presente, com base na experiência do passado.
A educação é, sem dúvida, um ato político em seu sentido histórico: a discussão da pólis em que vivemos e na qual queremos viver. Na sala de aula, privilegia-se a cultura, os saberes e os valores dos educandos como ponto de partida e chegada de uma educação como prática da liberdade e da transformação.
Agora, quando as aulas estão recomeçando, um dado espantoso acaba de ser revelado, escancarando a forma como o atual governo trata a educação: O FNDE revela que em 2019 foram repassados a prefeituras de todo o país 307,8 milhões de reais para a construção de creches e pré-escolas e melhoria da infraestrutura da rede de educação infantil.
Trata-se do mais baixo repasse em 10 anos. É o claro abandono da educação. E dizer que em 2012 o repasse foi de 2,28 bilhões de reais. Coisa de governo comunista.!!
E tem mais. Meus espantados botões não acreditaram ao saber que o governo vai cobrar judicialmente os estudantes inadimplentes do Fies. E óbvio, que inadimplente deve pagar suas dívidas. Mas, convenhamos, trata-se de uma perversidade se considerarmos a baixa capacidade orçamentária dos jovens, sobretudo com a realidade do desemprego.
A perversidade fica mais evidente quando se sabe que em 2017, o governo golpista de Michel Temer concedeu perdão de 47 bilhões de reais em dívidas com a União a 131 mil contribuintes, pelo programa de recuperação fiscal, o Refis.
Permitiu ainda o parcelamento de 59,5 bilhões, pouco mais da metade da dívida original, em até 175 prestações.
Desde outubro de 2019, o governo Bolsonaro, por Medida Provisória do Contribuinte Legal, está oferecendo semelhante “mamata”. Quem são os beneficiários? Figuras de destaque da Casa Grande. Ulala!!
Aos meus estupefatos botões expliquei: o descaso com a educação, a perversidade com os devedores do Fies não são novidades. Bolsonaro costuma tratar todos os problemas da população, sobretudo dos mais necessitados, como estorvo.
Servidores públicos, estudantes, doentes, desempregados, aposentados já foram classificados como fardos. Simples assim!