O Poder Judiciário tem a obrigação de rever os atos emanados de seu poder e por isso estamos levando ao conhecimento público o apelo que é feito em nome de Ricardo e Neusa Jones.
Conheço Ricardo e Neusa Jones desde quando eles eram jovenzinhos, cheios de ideais e de planos para o futuro. Viveram sua juventude em busca do conhecimento, estudaram, casaram-se, constituíram família. Ele médico obstetra; ela enfermeira obstetra.
Poderiam ter escolhido uma vida de fausto, riqueza e conforto; optaram por uma vida simples, naturalistas na essência, transmitindo a ideia a seus descendentes, embora causassem espanto geral pela opção feita a favor do humanismo ao invés da associação ao vil metal, escravizando-se na busca pelo dinheiro e amarrando-se às convenções rígidas que não abrem espaço para quem pensa e age diferentemente…
Pessoas honestas, éticas, humanitárias, solidárias com as dores alheias, educadores…
Conheça também bela crônica de Ricardo Herbert Jones: www.neipies.com/genios-e-medicos/
Trilharam seu próprio caminho, abriram portas, transmitiram conhecimentos e “nadaram contra a maré” …
Ao tomar conhecimento do epílogo de suas vidas não pude deixar de relacioná-las com o que aconteceu com o Dr. Luiz Francisco Corrêa Barbosa, afastado da magistratura por ter “transgredido convenções” e enfrentado o Sistema…
(https://blogdopolibiobraga.blogspot.com/2019/09/o-juiz-que-deu-voz-de-prisao-ao-chefe.html)
Ricardo e Neusa foram condenados por praticarem uma obstetrícia ética, baseada em ciência e respeito às mulheres. Foram punidos “não por erro ou negligência, mas por representarem um modelo de cuidado que valoriza a autonomia feminina”.
Nos meus já extensos anos de vida tenho visto notícias, em órgãos de comunicação social, sobre procedimentos médicos, em ambientes hospitalares ou em suas clínicas particulares, onde a ética nem sempre é respeitada e nunca vi punições com a extrema severidade com que vejo a condenação de Ricardo e Neusa, aqui no Rio Grande do Sul.
Convivi, inclusive, com um caso de pessoa íntima de nossa família que fez uma cirurgia nasal, num hospital; entrou sorrindo e saiu morta: acidentes acontecem… Ninguém foi sequer investigado!
Ao Judiciário chegam as demandas para serem julgadas pela letra fria da lei; passam antes, nos casos penais, pelas mãos da Polícia e do Ministério Público, local onde deveriam ser observadas com critérios todas as evidências. Nem sempre isso acontece. Processos mal instruídos, muitas vezes baseados em convicções pessoais ou de órgãos de classe, acabam jogando a responsabilidade pelo julgamento ao Poder Judiciário.
O Poder Judiciário tem a obrigação de rever os atos emanados de seu poder e por isso estamos levando ao conhecimento público o apelo que é feito em nome de Ricardo e Neusa Jones.
Anexo os links seguintes para um conhecimento do que se está tratando.
PETIÇÃO ON LINE https://chng.it/HXX9GrRLjk
http://instagram.com/freericjones
Na foto, Ricardo e Neusa Jones.
Autor: Silvio Luiz de Oliveira – OAB RS 36217
Edição: A. R.