Imunizar a educação é o caminho!

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O grande consenso da importância da educação e do prejuízo que vivem nossos estudantes não pode resultar em volta às aulas presenciais sem segurança.

Leite não se dispõe a desobedecer ao Plano Nacional da Vacinação para imunizar trabalhadores e trabalhadoras da educação, mas determina que esses arrisquem suas vidas para retomar presencialmente as aulas. Estranho critério de ponderação: uma atitude que, no máximo, vai gerar uma advertência ou multa, a outra pode resultar em adoecimento e em óbito de quem sofre suas consequências.

De outro lado, comprometidos de fato com a viabilização da volta às aulas presenciais, vários prefeitos iniciaram a vacinação desses profissionais, usando o excedente da vacinação diária ou até reservando um percentual para essa área; outros decretaram prudencialmente que as escolas não abrem até o final de maio, na expectativa do avanço da imunização e da garantia da proteção da vida.

Nossa convicção de que só a imunização da educação vai nos dar condições de retomada do ensino presencial, recuperando aprendizagens e desenvolvimentos, lacunas e abandonos que, mesmo com o maior esforço e empenho dos profissionais nas aulas remotas, nos levou à Brasília, em Jornada pela Educação, a apresentar projeto de lei priorizando essa área também levando a proposta aos órgãos de controle e defesa dos direitos.

A tensão para a volta ao ensino presencial, feita por setores da área privada, não incorporou essa demanda, levou a juízo o debate e à alteração casuística do sistema de distanciamento.

São os municípios, mais uma vez, que se sensibilizam, assumem inteiramente as responsabilidades pela pandemia no território, e avançam na vacinação para esse setor.

Os municípios que, pela pretensão do governo estadual, assumirão a responsabilidade pelo sistema de distanciamento, segundo o novo modelo em apresentação pelo governo do Estado, contam, no entanto, com as mesmas orientações/protocolos para o retorno das aulas presenciais de junho de 2020, sem considerar nem a evolução do vírus e da pandemia, nem o conhecimento de sua forma de transmissão e necessidades de organização dos espaços escolares, das máscaras e ventilação. Estão certos então em avançar na vacinação. Têm todo nosso apoio político!

O grande consenso da importância da educação e do prejuízo que vivem nossos estudantes não pode resultar em volta às aulas presenciais sem segurança. Queremos que resulte em verdadeira priorização da educação: vacina, tecnologia, investimento, democracia!

Vejo um monte de pessoas reclamando que as escolas não estão abertas, mas não vejo essas pessoas lutando pela vacinação dos profissionais da escola, todos os profissionais de uma instituição de ensino. Porque escola não é só professores e direção. Leia mais!

Autora: Sofia Cavedon

Edição: Alex Rosset

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