Precisamos nos contrapor com toda
nossa energia a esta tese do “novo normal”.
Não queremos e não aceitamos a
banalização da morte com naturalidade.
Ainda ouvimos falar do tal do “novo normal” que somente banalizou assassinatos. A burguesia criou esta tese para entorpecer o povo sofrido com a tragédia do genocídio consentido pelo governo criminoso. Tem “intelectual”, tanto da direita, centro, social democracia e esquerda, dando cursos, fazendo palestras, conferências, lives, o diabo a quatro, sobre. Nenhum deles [as] discute que com o genocida e sua corja no poder não voltaremos sequer ao normal.
O normal humanitário antes dos assassinos estarem no poder era a sociedade brasileira se comover e se solidarizar com os 71 familiares que perderam os seus na tragédia da Chape. Com os 19 familiares que perderam os seus na tragédia em Mariana. Com os 270 familiares que perderam os seus na tragédia em Brumadinho. O genocida transformou o normal humanitário em novo normal insensível a assassinatos em larga escala.
Salvo raras exceções, os membros da sociedade brasileira enxergam os assassinatos com os insensíveis olhos do coveiro. Já chegamos a quase 160 mil pessoas vitimadas pelo Covid, maior parte devido ao negacionismo dos assassinos que estão no poder e nem sentimos mais.
“Afinal, esse seria um “novo normal” para quem? Qual seria o nosso coeficiente de “normalidade”? E qual a régua que mede e distingue o que é “normal” do que é “anormal”, ou, ainda, um “novo normal”? […] A pergunta, mais uma vez, é a seguinte: “novo normal” para quem? […] (Paulo César Carbonari) Leia mais aqui.
Nenhum dos intelectuais orgânicos do sistema que organizam as imaginárias realidades da tese do “novo normal” está acreditando em seus próprios discursos orientadores proferidos. Eles tem ciência que o “novo normal” de seus cursos, palestras, conferências, lives, o diabo a quatro, se materializará somente nas calendas gregas!
Não bastasse o macabro genocídio, deliberadamente cometido pelo presidente e seus criminosos asseclas ministeriais, pipocam, por todos os rincões do país, charlatões que se auto definem com nomes pomposos, a serviço do mundo do capital, cimentando a fórceps na consciência coletiva da sociedade brasileira a macabra tese do “novo normal” que na prática é a materialização da barbárie social.
Precisamos nos contrapor com toda nossa energia a esta tese do “novo normal”. Não queremos e não aceitamos a banalização da morte com naturalidade. Sigamos rumo ao resgate do normal humanitário.
Vamos recuperar nossa humanidade que está sendo assassinada junto com a tragédia pandêmica. Feito isso, poderemos avançar objetivando transformar a realidade social que estamos inseridos em um mundo economicamente viável, ecologicamente sustentável e socialmente justo. Aí poderemos ser utópicos novamente e defender um novo normal que valorize a vida.
Um bom começo pra construção coletiva deste “novo normal” utópico é, na tragédia da destruição do normal humanitário, se reorientar, ter clareza da conjuntura política e, sobretudo, que os responsáveis pelo elevado número de vidas ceifadas, tem nome e CPF, reorganizar o conjunto da militância, partir pra luta e defenestrar o genocida e aquela horda de criminosos que estão no poder.
Que os intelectuais capachos do sistema opressor, defensores da tese do “novo normal”, peguem a mesma, enrolem bem enroladinho, e…
Fora Bolsonaro!
“Sobre o que é “normal”, e se realmente faz sentido falarmos sobre uma “nova normalidade”, parece mais um desses problemas insolúveis e, como dispomos de pouco tempo (mesmo sem saber se realmente usamos o tempo ou nos usam o tempo todo), não vamos nos deter nessas “especulações” de desocupados improdutivos. Segue a manada, afinal, o “novo normal” exige recuperar o “leite derramado”. O “Novo Normal” é uma Vaca seguindo a manada”. (Sidinei Cruz Sobrinho) Leia mais aqui.