Harmonizando nosso Eu,
poderemos acalmar a mente e encontrar
um pouco da Paz de que precisamos.
Depois disto, sim, tome suas decisões.
Vamos com calma, pois dados estatísticos se prestam a interpretações. A verdade é que a procura pelo termo “divórcio online gratuito” cresceu 9900% no período de 13 a 29 de abril e a busca “Como dar entrada em um divórcio” teve aumento de 82% segundo dados divulgados pelo Google Brasil. Isso não quer dizer que o número de divórcios aumentou de forma absurda, mas sim, que há muitos casais insatisfeitos com seus relacionamentos e que tal procura por informações reflete apenas a realidade.
De fato, somente em São Paulo em um escritório especializado em separações de clientes de classe média, durante o mês de abril, houve um aumento em 177% de pedidos de separações.
Tais informações referem-se a um levantamento de dados globalizado, tendo como fator a pandemia. Nele, além do Brasil, países como China, Portugal, EUA, Itália, África e Austrália também tiveram contabilizados aumentos de pedidos de divórcios.
A obviedade é que as rotinas das famílias foram transformadas: com os filhos ficando em casa por não ter escolas ou creches para ir, com muitos profissionais sendo demitidos ou tendo reduzidos seus salários e horários, com todas as atividades profissionais sofrendo implicações – algumas podendo ser realizadas em casa – aumentaram os níveis de estresse, ansiedade e casos de depressão (sem falar de transtornos compulsivos exacerbados nas bebidas, cigarro, comida, gastos online…).
Considerando o exposto, outros estudos apontam para aumento de consumo de medicamentos ansiolíticos, antidepressivos, vitaminas e todos aqueles que alguma fake news “tiver dito” ser eficiente no combate ao covid-19.
Vale lembrar que automedicação é um (infeliz) hábito incrustrado na cultura nacional mesmo antes da pandemia.
Por tudo isso, a saúde emocional pode ser afetada independentemente de faixa etária ou de colocação social, e, no caso de casais, a retomada de equilíbrio não passa necessariamente pelo fim do relacionamento.
O fato é que a pandemia apenas revelou a realidade de algumas famílias que já vinham sofrendo abalos: pais que mal conversavam com os filhos, casais que dedicavam-se até altas horas em seus trabalhos ou estudos, saídas de happy hour com amigos, futebol, academia, tudo o que poderia servir de pretexto para minimizar os contatos dentro de casa parou! Por causa disto, muitas pessoas foram obrigadas a ficar em um lugar onde menos ficavam nas 24 horas: na própria casa.
É possível reverter a situação? Quanto ao Covid-19 sim, é uma questão de tempo, agora, quanto aos danos emocionais, muitas atitudes precipitadas neste momento poderão ser motivos de sofrimento pelos próximos meses ou anos.
É preciso que o “fique em casa” signifique também nos reencontrarmos e abrirmos as portas de nossa casa mental, puxarmos um banquinho, e sentarmos nele para uma reflexão. É harmonizando nosso Eu que poderemos acalmar a mente e encontrar um pouco da Paz de que precisamos. Depois disto, sim, tome suas decisões.
Em outro artigo, publicado no site, escrevemos que “está mais do que na hora de aprendermos a viver pela Lei do Amor. Assim, há que se propor um exercício de reflexão, o de que é sempre melhor estar na condição de quem possa dar do que na daquele que precisa receber. Há uma troca de alegrias na solidariedade – não interessa de que lado estejamos – onde somos contagiados ante tanta felicidade! É a ação do amor”.
Excelente texto, assunto da atualidade, o que realmente está acontecendo bem na frente de nossos olhos, a pandemia do covid-19, está arrastando o ser humano para uma série de complicações que ninguém jamais pensaria em vivenciar .