Não é só a pandemia: a evasão escolar também é resultado do desmonte do governo Leite (PSDB)

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A evasão escolar é um problema real, agravado durante a pandemia. No entanto, é necessário destacar que o descaso do Governo do Estado com a educação e com as políticas de inclusão social e de transferência de renda é uma das causas para esta realidade.

Com o programa Avançar Educação, o governador Eduardo Leite (PSDB) prioriza o marketing vazio e sua campanha presidencial, ao invés de dialogar com a comunidade escolar, valorizar educadores e garantir de fato uma ação concreta para diminuir a desigualdade social.

Durante toda a sua gestão, Leite tirou a educação pública da sua lista de prioridades. Desde antes da pandemia só fez retirar direitos, fechar escolas e diminuir investimentos na pasta.

O mesmo acontece com as políticas de inclusão social, tão necessárias para garantir o direito à educação. Leite tardou em lançar o auxílio emergencial gaúcho e não conseguiu executar nem 11% do previsto, novamente quem mais precisa na mão.

Em um cenário de sucateamento total, nas escolas do Rio Grande do Sul falta tudo: professores, funcionários, infraestrutura e segurança. Até 11 de março de 2020, em apenas 9 meses, Leite (PSDB) já havia fechado 61 escolas da rede estadual e 1.889 turmas.

Com a pandemia, o cenário só se agravou. Novamente o executivo gaúcho lavou as mãos, não garantindo nenhum plano de melhoria neste período. Pesquisa do CPERS Sindicato, que ouviu 695 escolas gaúchas, apontou a falta de 1149 profissionais e 85,1% dos participantes consideram que os EPIs recebidos não foram adequados.

A falta de valorização dos educadores também é gritante. Há sete anos a categoria não recebe reajuste. Servidores da SEDUC estão desde novembro de 2014 com salários congelados, mesmo com o fato de que não conceder a inflação fere a previsão constitucional de irredutibilidade salarial. Negar este repasse tem o mesmo efeito prático de uma redução.

Desta forma, apresentar projetos após 3 anos de inércia e ataques, sem garantir a reposição salarial dos trabalhadores e nem a conexão com uma política permanente de transferência de renda para a população, é pura maquiagem eleitoreira.

A educação não pode mais esperar! Dinheiro, o governo tem! Basta priorizar o que importa!

Autor: CPERS SINDICATO

Edição: Alex Rosset

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