As referências predominantes do comportamento humano se apresentam como se fossem naturais, no entanto, são uma construção social. A natureza humana é explicada por necessidades como o cuidado, o afeto, o companheirismo, o contato íntimo, a necessidade de ser amado, respeitado, visto, aceito e recebido.

A natureza é o único fundamento sólido para a compreensão das ciências, de acordo com David Hume (1711-1776). A sua obra, “Tratado da natureza humana” influenciou o positivismo de Augusto Comte, o pensamento de John Stuart Mill e Immanuel Kant, entre outros.

 

Qual o problema de prever o comportamento humano? Por que é impossível aplicar certos modelos científicos em pesquisas sobre comportamento?

O autor da “Crítica da Razão Pura”, afirmou que foi despertado do “sono dogmático” pelo pensamento de Hume, especialmente o da “crítica da causalidade”. A partir do momento em que passamos a existir como um feto, estamos sujeitos a um ambiente e a qualquer informação que chegue até nós, através da circulação dos nutrientes e das emoções de quem está nos gerando.

O comportamento mantém relações com a mente humana, que possui a faculdade de reproduzir e combinar as ideias de diversos modos entre si e com as experiências concretas.  A cópia é um princípio que não se aplica às ideias complexas, visto que as mesmas são formadas pela relação entre diversas ideias e pela imaginação.

A imaginação, por sua vez, transpõe, aumentando ou diminuindo os dados que são obtidos através da experiência dos sentidos. A capacidade humana de imaginar e de criar realidades transcendem o concreto, é influenciada e influencia a experiência.

O comportamento patológico, no qual se incluem a maioria das doenças que conhecemos, entre as quais, as cardíacas, o câncer, o reumatismo, as doenças auto imunes em geral, assim como distúrbios mentais e vícios, podem ter uma predisposição derivada de um componente genético.

No entanto, é importante perceber o papel dos genes e ter consciência que eles, por si só, não determinam o que somos, pois predisposição não é o mesmo que predeterminação.

Aquilo que os genes nos conferem, são formas diferentes de reagir ao ambiente, por isso, não podemos analisar a biologia, a genética e o comportamento, fora do contexto social, que é resultado das relações entre o ser humano e a natureza.

Portanto, numa sociedade baseada na competição, na exploração implacável de um ser humano por outro, no ato de lucrar com as necessidades alheias e na criação de problemas com o propósito de obter lucro, as referências para o comportamento devem sair das sombras, pois tem suas origens ideologicamente ofuscadas.

Só temos 1 planeta, dependemos dele para viver, mas não respeitamos os limites ambientais.

Dito em outras palavras, as referências predominantes do comportamento humano se apresentam como se fossem naturais, no entanto são uma construção social.  Em outro modo de evidenciar as referências para o comportamento, a natureza humana é explicada por necessidades, nas quais se incluem, o cuidado, o afeto, o companheirismo, o contato íntimo, a necessidade de ser amado, respeitado, visto, aceito e recebido.

 

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