O mundo – por Eduardo Galeano

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Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.

— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.

Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano, escritor uruguaio.
Publicado no Livro dos Abraços, editora LPM, 1991.

2 COMENTÁRIOS

  1. *o mundo” cada um de nós, temos nossa própria luz entre as outras pessoas.temos nossa própria luz entre as outras pessoas.temos em cada um de nós nossa própria fogueira.Existem Figueiras que clareia mais com cores variadas.cada um de nós temos nossa própria luz umas mais serenas,e nem percebem , enche o ar de chupas.algums fogos bobos, não iluminam nem nem queimam, mais muitos muitos encendeam a vida com tanta boa vontade que é impossível olha pra eles sem pisar,e quando chegamos perto encendeam ou pega fogo.

  2. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

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