O sufoco da indignação
não significa sua morte, mas resistência.
Quando ela não mais existir, podem ter certeza,
morrerá também a esperança humana.
Sou a indignação. Sinto-me sufocada. Falta-me o ar.
A cada dia que passa, deparo-me com mais poluição de muita informação e pouco conhecimento. A verdade (ou a pouca verdade) luta para sobreviver.
Os produtores de informação estão a serviço da institucionalização da mentira, necessária para a dissimulação da malícia, velada, a fim de perpetuar o status quo.
Rolando Boldrin, Sr Brasil, em Sinto vergonha de mim. Assista!
O zelo pelo instituído estimula a criatividade para a produção da publicidade enganosa.
A banalização dos valores que buscam o bem comum e a afirmação da vida em comunidades, pela solidariedade, é combatida veementemente pela cultura de competição, própria dos que subjugam pelo poder e pela força.
O belo está sendo cada vez mais arranhado pela aspereza. A sensibilidade é relegada à esfera familiar. O diferente só é valorizado quando confirma o status quo hierárquico já instituído.
Ei, estou indignado! (Skank)
A corrupção no Brasil virou notícia, todos os dias. Desconfio, no entanto, que corrupção já seja um problema suficientemente sério para ser levada a sério pela maioria dos brasileiros.
Resisto bravamente. O sufoco não significa morte, mas resistência.
Quando não mais existir, podem ter certeza, morrerá também a esperança humana e a esperança em dias melhores no Brasil.