Em tempos de desespero, o consolo surge de maneiras inesperadas. Quando tudo parece perdido, a esperança ressurge, ocupando o espaço que sempre lhe pertenceu — o centro da vida, como uma luz que ilumina o caminho. Foi nesse cenário de incertezas que a história de duas meninas, Júlia Bonamigo e Manuela Miotto, começou a ser escrita.
Houve uma época em que as certezas foram abaladas e um vento gélido percorreu o mundo inteiro. Talvez você tenha tentado esquecer, mas certos momentos são difíceis de apagar da memória. Dias vazios, máscaras sufocantes, esperança retraída, amor em busca de abrigo… Quem não se lembra? O cheiro constante de álcool nas mãos, a perda de entes queridos — cada lembrança traz consigo um peso que ainda sentimos.
Em tempos de desespero, o consolo surge de maneiras inesperadas. Quando tudo parece perdido, a esperança ressurge, ocupando o espaço que sempre lhe pertenceu — o centro da vida, como uma luz que ilumina o caminho. Foi nesse cenário de incertezas que a história de duas meninas, Júlia Bonamigo e Manuela Miotto, começou a ser escrita.
Durante a pandemia de COVID-19, como tantos outros, elas sentiram medo. Amigas inseparáveis, de repente se viram distantes, incapazes de se encontrar para brincar, de tomar sol nos parques ou caminhar tranquilamente pelas ruas. A máscara, sempre presente, era um lembrete constante do isolamento.
Você ainda se lembra de como é triste ver uma criança de máscara?
Apesar de tudo, essas meninas mantinham em seus corações uma esperança teimosa — aquela que só as crianças conseguem ter. Se nós, adultos, conseguíssemos preservar essa “birra” infantil, talvez encontrássemos mais motivos para sorrir.
Foi então que Júlia e Manuela, na época com apenas 9 anos, descobriram uma nova forma de se conectar. Através da internet, elas começaram a escrever juntas, criando histórias a quatro mãos!
Essa jornada é um testemunho do poder da imaginação humana. Separadas fisicamente, Júlia e Manuela encontraram na escrita uma maneira de se reencontrar, criando um universo próprio em forma de livros. Quando a realidade lhes negou o convívio, elas pintaram o reencontro em suas imaginações.
Durante os dois anos da pandemia, em meio a tanta dor e incerteza, elas escreveram Os Quatro Guardiões e a Ilha das Trevas. A narrativa segue os amigos Kiara, Ayla, Alex e Kevin, que, após uma visita inesperada, são transportados para um outro mundo, onde ganham poderes especiais e se tornam OS QUATRO GUARDIÕES.
Esse novo mundo, habitado por seres mágicos, ora divertido, ora assustador, está ameaçado pela vilã ZIRENA. A missão dos heróis é clara: impedir que Zirena e a ILHA DAS TREVAS consumam todo o reino.
Ao ler o livro, a mensagem se torna poderosa. Assim como a COVID precisou ser controlada, a Ilha das Trevas também deve ser contida. Os Guardiões enfrentam o caos, mas aos poucos, aprendem a dominar seus poderes e a trabalhar juntos para restaurar a ordem.
A COVID passou, deixando cicatrizes. Mas, assim como as meninas, que usaram a arte e a imaginação para superar a escuridão, nós também podemos vencer as trevas. Elas transformaram sua própria Ilha das Trevas em uma Ilha do Sol, onde a esperança voltou a brilhar.
Agora, essa história incrível se prepara para ganhar o mundo. O primeiro exemplar está pronto, e o lançamento do livro está previsto para outubro.
Mais do que simplesmente esperar pelo fim da pandemia, Júlia e Manuela “esperançaram”. Elas criaram, e agora estão colhendo os frutos de seu esforço e determinação.
Com a literatura, de esperança em esperança, seguimos em frente. Até que, um dia, possamos transformar nossa própria Ilha das Trevas em uma nova ilha, repleta de luz e beleza.
Conheça o livro e as meninas no Instagram: https://www.instagram.com/osquatroguardioes/
Fotos: Divulgação/ tiradas na Delta Livraria & Papelaria, Passo Fundo Shopping
Autor: Aleixo da Rosa. Também escreveu e publicou no site “O curioso caso dos alunos que preferiram os livros”: www.neipies.com/o-curioso-caso-dos-alunos-que-preferiram-os-livros/
Edição: A. R.