Usar a pobreza e as desigualdades como moeda de troca, sacralizar o assistencialismo ou a pobreza a ponto de parecer enganosamente privilegiado, porém, nunca efetivamente atendido e responsabilizado, para barganha política e emocional de comoção ideológica, é um crime contra a inteligência e o potencial humano.

Não se trata de defender os pobres, trata-se de defender um povo, uma nação e seu desenvolvimento equânime nas proporções também psicológicas, individuais e sociais. Que cada ser humano possa ser aquilo que ambiciona realisticamente ser e fazer, e no conjunto de oportunidades geradas coletivamente para o bem comum.

O uso da pobreza como argumento, é real e existe, foi poluído e capitalizado por toda sociedade para hipotecar a consciência humana na política, na preguiça e no sarcasmo, se tornou pejorativo e tarjado de populismo, assistencialismo e muitos ismos que subvertem a urgência de solução das desigualdades programadas por um sistema perverso que se esconde atrás de uma luta de classes estéril.

O fato é que, ao invés de centrar a realidade como ela é na sua desigualdade social e resolver os problemas daí derivados, seja na psicologia da pobreza que precisa mudar, seja na esperteza de quem usa isso como deficiência a ser capitalizada para fazer política assistencial, que não é igual a programas de governo efetivos e eficazes, mas visa a manutenção eterna do ponto força problemático, acaba-se por sacralizar a pobreza e fazer dela um ponto turístico e de captação de recursos que depois não são revertidos em solução.

A piedade e a caridade, por certo, são grandezas do espírito humano, mas desviadas da sua finalidade e usadas para alimentar egos, fé cega e os subterrâneos de uma política assistencial viciante, é crime contra a humanidade. A Humanidade é um potencial aberto à realização, não um potencial a ser capitalizado em redes de baixa racionalidade e intenções questionáveis.

A grande confusão está em não sermos mais capazes de avaliar com isenção e análise de resultados o que chamamos de políticas públicas. Estamos distorcendo tudo, ferindo as soluções para manter a ignorância do ponto de vantagem a outros, que não o povo como um todo.

Se avaliarmos seriamente e com isenção o programa Bolsa Família, veremos que é um programa seríssimo, não assistencial, validado pelo mundo, mas que virou guerra política e cegueira do povo, invalidando o programa como um mero jogo político.

 

O que é o Bolsa Família? Universidade Metodista de São Paulo Escola de Comunicação, Educação e Humanidades – Curso de Jornalismo.

Neste jogo, pela ignorância, jogamos contra nós próprios, contra a nação, para defender o indefensável jogo destrutivo de partidos hipócritas. Para o povo e para nação não deveria importar o partido, mas as políticas públicas eficazes, que deveriam ser mantidas, independente da alternância das siglas no poder.

Mudar nem sempre significa o que dizem, mudar por mudar, sem seriedade de avaliação dos interesses por trás das mudanças, é inépcia do povo, inépcia nossa.

Nunca deveríamos permitir que boas políticas públicas fossem destruídas em nome de interesses que não os nossos. Não é inteligente da nossa parte.

Usar a pobreza e as desigualdades como moeda de troca, sacralizar o assistencialismo ou a pobreza a ponto de parecer enganosamente privilegiado, porém, nunca efetivamente atendido e responsabilizado, para barganha política e emocional de comoção ideológica, é um crime contra a inteligência e o potencial humano.

 

Desigualdade social no Brasil.

Programas de governo, políticas públicas devem ser avaliados á luz dos resultados e não por meio de distorções abusivas do seu escopo real. É frio, é lógico, é competência, é fazer o certo e ser votado quantas vezes for o caso por ser o melhor programa e propósito social.

Nesta questão, quem precisa acordar somos nós, precisamos sair de um jogo que não nos representa e jogar o nosso jogo, ao nosso escopo e ao bem comum. Ao invés de joguetes, jogadores, sérios jogadores.

Qual é o jogo certo, nosso jogo, nosso papel na política e no desenvolvimento do país?

Andamos que nem baratas tontas num tabuleiro e num jogo sobre o qual conhecemos só o que nos dão a conhecer, sem consciência e sem jogos inteligentes e pontuais, sempre seremos pontos força a vantagem de outros.

Vamos virar esse jogo, vamos aprender a jogar o bom jogo, vamos vencer, porque esse é o único caminho que realmente nos cabe como humanidade, como indivíduos e como nação. Em primeira e última instância, está em nossa mão mudar a realidade para a compatibilidade do bem que queremos evoluir.

Bons programas de governo devem ser qualificados sempre, corrigidos, quando for o caso. Esse processo é contínuo e depende de nós, do Estado e da competência coletiva para mudar as coisas!

Mudar é primeiro psicológico, depois empenho, depois resultados. É sempre responsabilidade pessoal a bem social. Hora de deixar de ser platéia e assumir o protagonismo soberano do povo e para povo, a nosso bem e pela finalidade na responsabilidade intrínseca ao fato vida.

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