A política é a grande estrada
para a mudança, não a mídia,
o judiciário ou o mercado.
Temos grandes brasileiros na política, precisamos cada vez mais dar voz a esses e não votar mais nos outros. Dar dignidade e honra aqueles que nos representam no bem comum, é urgente!
Eu gosto de política, a boa política. Penso ser a política a maior expressão de interesse e inteligência de um povo. Em minhas veias não corre nenhum desejo de destruí-la, mas de aperfeiçoá-la, aprendê-la, respeitá-la, porque pela politica e pelos políticos que nos representam, quando válidos, vocacionados e bons, posso me sentir representada pela voz e pela atuação parlamentar.
Um povo que induzido ou deliberadamente decidido à preguiça política, é um povo pobre e desvalido que, ao invés de ajudar a política a ser o que deve ser, tenta desqualificá-la e destruí-la por puro desinteresse e preguiça de pensá-la, consumá-la em projetos resolutórios, é um povo estúpido.
É um povo autofágico, que auto sabota o próprio bem e se consome em ignorância, superficialidade e demagogia, é um povo fadado a sempre ser dependente, colonizado e paralisado na inteligência capaz de evolução e autonomia.
O ex-presidente e atual senador do Uruguai José Mujica recebeu, na semana passada, o título de doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Ele esteve em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, para receber a homenagem. Mujica é uma grande referência para entendermos a verdadeira política.
Não participar seriamente, agir como torcida organizada cega, não ser disponível a verificar cada projeto, cada ação na coerência de vantagem ao povo e a nação é a desgraça de uma pátria.
Aqueles que só sabem generalizar, todos os políticos são iguais, etc, etc, são na verdade grandes convictos e preguiçosos que depois obrigam a todos a pagar as mazelas dos políticos torpes.
O Brasil, neste momento insólito, é uma grande oportunidade para conhecer sobre política, conhecer quem representa a soberania do voto e da nação.
Não, não são todos iguais.
Temos os que nos representam de fato e os que não nos representam, porém para fazer esse julgamento temos que tirar a trave do nosso próprio olho e saber exatamente a quem e por quem fazemos política.
A política do vômito emocional, JUDICIALIZADA, por quanto possa aliviar as tensões provisoriamente, quando estamos raivosos, não é solução para os complexos problemas que a vida em sociedade trás. Solução mesmo é compreendê-los, aceitá-los e trabalhar nas soluções compartilhadas, nas escolhas de representatividades pensadas e levadas a sério, é fazer funcionar colaborando com ideias e qualificando na ação todo e qualquer projeto que venha a melhorar a vida individual e social.
No Brasil, no atual momento histórico, orquestra-se uma forma de não fazer política, impondo a racionalidade burocrática e jurídica como fórmula para superar supostas imperfeições e imparcialidades da verdadeira política.
Veja mais aqui.
Temos grandes brasileiros na política, precisamos cada vez mais dar voz a esses e não votar mais nos outros. Dar dignidade e honra aqueles que nos representam no bem comum, é urgente!
A política é a grande estrada para a mudança, não a mídia, o judiciário ou o mercado. A política deve ser feita tanto na inteligência do mercado como na inteligência do bem social, a justiça é o ordenamento de função constitucional, somente isso, e comete grandes atrocidades quando criminaliza projetos claramente benéficos ao povo. Quem não é capaz a isso, não é capaz a política.
Nada, nem ninguém, me fará ter vergonha de ser política, não de carreira, não tenho essa pretensão, mas por interesse verdadeiro no destino do Brasil e do povo brasileiro. A consciência do papel e do valor da política em todo e qualquer gesto que faça a diferença no final resulta em vitória inteligente de um povo.
A saída para os problemas brasileiros é pela política, que se traduz na cidadania ativa das pessoas e no poder de organização dos coletivos que se dispõem a ajudar a dar rumos de uma nação. Passa também pelo fortalecimento dos partidos que, historicamente, estiveram em defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Pelo amor a política que faz tudo mudar eu faço e farei tudo que estiver ao meu alcance para que humanamente tenhamos uma vida mais prospera e fértil na consciência de ser uma cidadã ao bem comum. Sou política e a expectativa do bem comum é que me faz pensar e agir também politicamente! Não me envergonho; me orgulho!
Eu me importo SIM!
Uma lúcida é profícua reflexão como esta merece o tratamento que este site lhe deu. Parabéns Cristina Schnor e Nei Alberto Pies. Obrigada pelo presente. Beijos!