Por uma vida sem violência

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Com este projeto, os/as estudantes, junto com a professora, realizaram atividades de aprofundamento da temática Violência contra as mulheres e fizeram uma intervenção  social em sua comunidade.

Foi este o nome do projeto realizado na Escola Estadual de Ensino Médio General Prestes Guimarães, coordenado pela professora Loreni de Farias Oliveira da Silva. Tinha por objetivo geral compreender e discutir com ações comunitárias  e  de  conscientização, de  situações  e  ambientes dentro do  entorno  escolar,  na  busca  de  situações de paz, sem violência e pela  vida.

Seus objetivos específicos eram: a) ter  ações  concretas,  dentro  do entorno  escolar,  em  que  a  escola está   localizada  de mobilização  para  que  se  tenha  dentro  das  disciplinas e  ações pedagógicas na  busca  de  mobilizar para  o  conhecimento da  Lei  Maria  da  Penha  e  sua  contribuição  para fortalecer na busca da Paz; b) debater  com a  turma a   leitura  e  interpretação  do  conteúdo  desta  lei,  no  caso  a  da  Maria da  Penha,  de  forma interdisciplinar, maneiras  de  melhor  conhecimento  e  aprimoramento  em  sala  de  aula  e  outras situações  de  ensino  aprendizagem.

Com este projeto, os/as estudantes, junto com a professora, realizaram atividades de aprofundamento da temática Violência contra as mulheres. Realizaram palestras, assistiram vídeos, tiveram dias de estudo, fizeram confecção de cartazes e informativos sobre a Lei Maria da Penha, distribuição de panfletos junto à comunidade.

Este projeto transcorreu por cerca de dois meses, entre os estudos, a confecção de materiais e a intervenção fora da escola, junto à comunidade da qual a escola é parte.

Estas atividades e este projeto fizeram parte do itinerário formativo Ética e Relações interpessoais, com uma turma de terceiro ano do Ensino Médio.

Ocorreu também uma palestra com Maria Cristina Andreolla, assistente social, professora, psicopedagoga e estudante de Direito. Ela também é Coordenadora do Centro de Referência e Atendimento à Mulher vítima de violência (CRAM).

Breve artigo, produzido pelos estudantes.

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Uma luta contra a violência doméstica e o feminicídio no Brasil

Maria da Penha Maia Fernandes é uma mulher brasileira que se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica no país. Em 1983, ela foi vítima de uma tentativa de homicídio por parte de seu então marido, que a deixou paraplégica. Porém, mesmo com todas as evidências contra o agressor, a Justiça falhou em puni-lo, gerando uma longa batalha judicial que durou mais de duas décadas.

Em decorrência desse caso, Maria da Penha se tornou uma ativista incansável na luta pelos direitos das mulheres e pela prevenção da violência doméstica. Sua atuação foi fundamental para a criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que busca garantir a proteção às mulheres vítimas de violência e combater a impunidade dos agressores.

Um dos principais crimes enfrentados pelas mulheres é o feminicídio consiste no assassinato de uma mulher por razões relacionadas ao seu gênero. Infelizmente, o Brasil é um dos países que mais registra casos desse tipo de violência, e a luta contra o feminicídio se tornou uma pauta urgente da sociedade.

O feminicídio está intrinsecamente ligado à cultura machista e patriarcal que perpetua a ideia de que as mulheres são propriedade dos homens e, por isso, têm o direito de controlá-las e subjugá-las. Além disso, essa violência é potencializada pela cultura do silenciamento e pela falta de denúncias e punições adequadas.

Nesse sentido, a Lei Maria da Penha trouxe avanços importantes no combate ao feminicídio, ao estabelecer medidas de proteção para as vítimas, como a concessão de medidas protetivas de urgência e a criação de juizados especializados em violência doméstica. No entanto, ainda há muito a ser feito para efetivamente combater esse crime.

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Os estudantes avaliaram esta atividade como bem proveitosa e positiva, proporcionando conhecimentos e possibilitando uma intervenção social fora das paredes da escola.

O estudante Patrick Feula dos Santos escreveu:

A metodologia do projeto foi bem sucedida, conseguimos alcançar nossos objetivos. Os recursos e estratégias que usamos foram adequados para o nosso propósito que era impactar a comunidade e a escola. O envolvimento dos estudantes e professores, nesse projeto, foi bastante alto, passamos dias e dias analisando, estudando, fazendo o projeto. Percebi que os estudantes adquiriram bastante conhecimento sobre a Lei Maria da Penha, mostrando interesse e participando das atividades propostas. O projeto contribuiu muito para a comunidade. Nos deparamos inclusive com o caso de uma senhora, que está sofrendo dentro de casa e só precisa de apoio para denunciar!

A professora Loreni de Farias Oliveira da Silva escreveu:

“Foi de muito proveito elaborar o projeto e pesquisar mais a fundo sobre este tema e sua importância. Acredito que trazer essa questão da violência de gênero, feminicídio e proteção a mulher para a sala de aula gera conscientização dos estudantes sobre esses problemas, demonstra formas de prevenir crimes, a forma como podemos denunciar, a quem as mulheres podem recorrer e qual a assistência que elas recebem das autoridades”.

Fotos e registros: (uso restrito) Divulgação/ arquivo pessoal professora Loreni de Farias Oliveira da Silva.

Edição: A. R.

1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns ao Prof. Nei, Profe Loreni, Estudantes e demais pessoas envolvidas nesse excelente projeto! Abaixo o machismo e toda forma de preconceito e crime.

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