O educador Rubem Alves foi um grande pensador. Para mim, como para outros tantos professores e professoras, continua sendo uma referência contemporânea no exercício cotidiano do ensinar e do aprender. Neste seu depoimento, fala de forma singela e clara de que precisamos nos referir à vida dos jovens, para ajudar a orientá-los em suas escolhas. Como explica, ele mesmo só chegou onde chegou porque tudo deu errado.
“Ensinar é um exercício de imortalidade.
A gente ensina e continua a viver naquele que ensinamos”.
(Rubem Alves)
Não há fórmulas que levem ao sucesso ou às conquistas de nossa vida e de nossas coisas. O exercício cotidiano de escolher e de se desafiar a buscar aquilo que nos realiza é o que determinará onde chegaremos.
Os jovens de hoje perderam a noção de tempo e de espera. Os jovens têm dificuldades de arquitetar seus sonhos e seus objetivos porque o mundo os iludiu como se tudo já estivesse pronto. A sociedade os educou para serem bons consumidores e não bons sonhadores. É por isso que eles imaginam que determinadas pessoas conquistaram sua posição ou reconhecimento por força de fórmulas ou receituários, aplicáveis para todo mundo.
Os professores podem cumprir com o papel de desconstruir este universo de ilusões que tanto decepciona e atormenta os jovens no atual momento histórico.
Ensinar é um exercício de imortalidade. A gente ensina e continua a viver naquele que ensinamos
Os jovens de hoje perderam a noção de tempo e de espera. Os jovens têm dificuldades de arquitetar seus sonhos e seus objetivos porque o mundo os iludiu como se tudo já estivesse pronto. A sociedade os educou para serem bons consumidores e não bons sonhadores. É por isso que eles imaginam que determinadas pessoas conquistaram sua posição ou reconhecimento por força de fórmulas ou receituários, aplicáveis para todo mundo.