Gilberto Dimenstein personifica
os que se insurgem contra
idiotas descerebrados.
Gilberto Dimenstein processou Danilo Gentili, por ofensas pela web dirigidas a ele. Danilo foi condenado a pagar R$ 1.000,00 por dia, até que retire a postagem ofensiva. Este é um dos desfechos favoráveis às pessoas atacadas pelo “apresentador”, que se diz humorista. Em entrevista a Roberto Justus, outro revoltado com as suas sandices, ele esclareceu que humoristas só falam m… mesmo e não há o que cobrar dele.
Conheço mais pessoas cujo prazer maior é falar o que pensa, sem limites, dizendo-se sinceras, autênticas. Juram que só falam verdades, apontando o dedo como juízes implacáveis. Mal sabem essas pessoas do ridículo por que passam a cada vez que julgam, difamam, agridem e mostram a intransigência de seu comportamento. Há quem aprecie!
Lamento pelas biografias destruídas por parte dos que gostam tanto da disseminação de considerações cuja grosseria ofende gravemente a nossa caminhada rumo à civilidade.
As subjetividades devem ser respeitadas, desde que respeitem não só seus iguais, sobretudo, seus diferentes.
Danilo personifica os homofóbicos, os racistas, os fascistas travestidos de comunicadores, de pessoas autênticas e verdadeiras. São, na verdade, preconceituosos da pior espécie. E disseminam seu veneno na internet, invadindo sites, timelines, espalhando suas opiniões em contraponto ao que o outro pensa. Lamento o papelão que denigre suas próprias biografias.
Gilberto Dimenstein e Mario Sergio Cortella lançam o livro “A Era da Curadoria”. Dois grandes intelectuais brasileiros que abordam o conhecimento e o relacionamento humanos.
O ibope que conseguem vem de seus iguais. Há puxa sacos notórios, que pensam ser sinônimo de liberdade, acabar com o contraditório. Discutir sobre assuntos polêmicos não deve ser prazer, mas responsabilidade. Saborear a facilidade que as redes sociais proporcionam não deve ser confundido com licença para destilar o veneno que o ódio ou a gozação facilitam.
Danilo Gentili é um personagem cuidadosamente elaborado para ganhar dinheiro. O público dele endossa sua total falta de autocrítica. A mediocridade que permeia os meios de comunicação é o retrato do que estamos nos acostumando.
Os apreciadores da verdadeira arte são instados a aceitar, por repetição, músicas pobres, grudentas, assim como a “verdades” incansavelmente repetidas. O discernimento é prejudicado com processos de lavagem cerebral. Há verdades propaladas por gente poderosa, dona de microfones e câmeras de TV.
Danilo Gentili tirou uma foto, na qual ele bebe champanhe, com o dedo minguinho erguido, numa mostra de que é chique ser brega, com a legenda “De boa, esperando os processos”. Para ele é chique debochar de vítimas do holocausto, de mulheres, de gays, de tudo que seja matéria prima para uma piada. Um nojo!
Gilberto Dimenstein personifica os que se insurgem contra idiotas descerebrados.
Conheça um trabalho de alunos de nono ano Projeto Anglo Vargem Grande Paulista – 2013. Uma das mais importantes obras de Gilberto Dimenstein “Cidadania de papel”.
Gilberto Dimenstein, o fundador do projeto Catraca Livre.