Sentimento oceânico na educação brasileira?

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Por onde devemos começar mudança na educação?
Pelos empresários da alta tecnologia?
Pelos doutores em seus sofisticados laboratórios?

Sentimento Oceânico é apresentado por Freud como impressão de vínculo e comunhão com o mundo, sendo para ele, uma ilusão ou utopia. Tenho participado de diversas conferências e debates sobre como melhorar a Educação Básica brasileira.

Nos eventos mais qualificados e com embasamento científico e político, os temas são redundantes: versam sobre a importância de formular políticas públicas educacionais de estado, não de governo, por meio de um Sistema Nacional de Educação.

Frequentemente, são citados excelentes exemplos de alto impacto em aprendizado dentro do próprio Brasil, por regimes de colaboração entre redes municipais e estaduais de educação. Também é comum ser apontado que, no século 21, precisamos potencializar as habilidades cognitivas e socioemocionais dos estudantes.

Porém, o tema mais debatido nessa área é a urgência de uma nova lógica na formação de professores. É unânime, entre os mais renomados especialistas, que a formação inicial dos nossos professores está obsoleta, utiliza métodos, tecnologia e, principalmente, um modelo mental ultrapassado, embasado no século 19, quando o mundo era baseado na escassez.

Partindo do princípio que nenhum de nós está preparado para os desafios da indústria 4.0, para a enchente de informação e o uso massivo de tecnologias exponenciais, que já estão mudando radicalmente a nossa vida, por onde devemos começar esta mudança? Pelos empresários da alta tecnologia? Pelos doutores em seus sofisticados laboratórios?

Hoje, tenho a mais clara certeza: devemos iniciar pelos nossos professores da Educação Básica. Não empurrar o problema para eles, e, sim, investir nossos melhores talentos da ciência e todo recurso disponível, para oferecer a eles a melhor formação, as melhores condições e o mais alto status social: de forjadores de nação.



Sentimento” é uma palavra aberta – nela cabe toda a massa difusa de nossa subjetividade. “Oceânico” é um adjetivo emprestado do substantivo “oceano”. O oceano é a imensidão líquida que envolve 71% do nosso planeta. Vasto e grandioso, abriga em seu ventre os segredos de uma biodiversidade escondida de nós, que, enquanto seres terrestres, vivemos à margem do principal componente da superfície da Terra. (Gabriela Richiniti)

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