Tenho sede de que?

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Ter sede de se refazer é uma questão pertinente! Somos água; somos vida.

Meu corpo necessita, indiscutivelmente, de hidratação. Precisamos recompor nossos 70%, constituídos liquifeitas porções moles, de uma estrutura que não espera por momentos certos para se refazer. Ter sede de se refazer é uma questão pertinente!

O estado físico desta necessidade nos remete a compreender em como urge tornar-se permeável a tais reminiscências.

A biologia humana é segura de suas necessidades, porém a química psíquica nem sempre é tão objetiva: vive de sutilezas vis que nos fazem querer, não querer ou requerer estes encantos de sobrevivência. Tal qual e tão intensamente o desejo de usar a água quando ela deixa de estar a mão.

Tomar água sem sede é prevenir a desidratação, embeber-se de livros é hidratar a imaginação. Reservar água em dias muito quentes previne ficar sem, por qualquer acidente. Não deveríamos permitir que negociassem um bem precioso da sociedade, assim evitando o caos da privatização da água.

Até parece delirante e febril divagar em tempos de seca.  Mais delírio ainda é deixar que aumentem o preço em 70%, pois isso me cheira a escravidão. 

Caro leitor, não deixe de embebedar-se de água, livros ou paixão. Seres humanos  hidratados sentem o pulsar do coração. Somos água; somos vida. Lutemos para que nunca nos falte água!

Assista também: Ondas de calor e falta de chuva em Passo Fundo: https://globoplay.globo.com/v/13384313/

Autor: Alexandre Rosa Vieira. Também escreveu e publicou no site “Dezembro chegou”: www.neipies.com/dezembro-chegou/

Edição: A. R.

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