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Por que professoras são encantadoras?

Por que as professoras tornam-se encantadoras?
Acho que porque elas sabem as singularidades das crianças,
suas ânsias e desejos para tornar o mundo melhor.

 

Há professoras encantadoras espalhadas pelo Brasil afora!

Há aquelas que gostam de abraçar seus alunos, de cuidar deles, de brincar com eles e de ensinar com zelo. Há aquelas que pacientemente ensinam o a-bê-cê sentadas no chão, porque não há carteiras nas salas de aulas.

Há professoras em todos os formatos, formas e medidas. Há professoras que se tornam imortais pelos seus feitos.

O que é ser professora hoje?

Mas de qual professora mesmo quero falar para vocês? Refiro-me a professora de filosofia que compra mamão e melancia para as suas lagartixas se alimentarem. Achei lindo o seu gesto! Ela cuida de lagartixas!

Num mundo onde não temos tempo para mais nada, a professora preocupa-se em dá alimento para duas lagartixas.

Como tornar-se uma professora encantadora? Não precisa criar lagartixas atrás do guarda-roupa, basta olhar para os seus alunos com o carinho de uma fada e o merecimento de um príncipe ou princesa.

As crianças necessitam de amor, e isso é tudo!

O amor que é doado sem cobranças, o amor que vem das profundezas do nosso ser e desabrocha num belo desenho feito pelo aluno pequenino ainda ou pela tarefa de casa que veio toda rabiscada porque ele ainda não sabe escrever, mas esforçou-se para fazer. A criança necessita de amor.

Na minha infância tive professoras que tornaram-se encantadoras. Aquelas que pegaram na minha mão para me ensinar a cobrir as letrinhas e aprender a ler, aquelas que me ensinaram a desenhar e elogiaram os meus mais feios rabiscos e aquelas que elogiaram o meu trabalho escolar malfeito, mas que era o tudo que eu podia oferecer como uma menininha de seis anos apenas.

Pedagogia do olhar de Rubem Alves.

Há professoras que tornam-se encantadoras por guardarem nas suas mochilas os desenhos dos seus alunos ou algo que faça lembrar deles quando distantes. Recordo-me que uma professora amiga trazia na bolsa o exercício de matemática de um aluno seu só para lembrar dele no fim de semana quando não o via. Que encanto!

Por que as professoras tornam-se encantadoras? Acho que porque elas sabem as singularidades das crianças, suas ânsias e desejos para tornar o mundo melhor.

A professora que compra mamão e melancia para as suas lagartixas fez-me lembrar de uma outra que contava as moedas para comprar pipocas para os seus alunos.

Parece um pouco tolice o que escrevo aqui, porém em se tratando de um mundo individualista, de ideias rápidas, de falta de amor ao próximo, de valorização dos super-salários, as professoras que destacam-se como encantadoras pelas suas lutas de dias melhores são as mais amadas pelos seus alunos.

Como é bom ser amado num mundo onde os laços afetivos estão cada vez mais frágeis.

Existe encanto na professora que cria lagartixas, assim como existe encanto na professora que ensina aos seus alunos a protegerem o meio ambiente e não maltratarem os animaizinhos. Ela é apenas uma professora que compra mamão e melancia para duas lagartixas e daí? Daí que ela sabe valorizar o amor e os seres vivos. As lagartixas sofrem danos por parte de muitas pessoas que as desprezam ou por medo ou por perversidade, cortando os seus rabos ou matando-as com pedradas.

Ainda penso que há professoras que encantam-se quando morrem de tão maravilhosas que são! As professoras que andam quilômetros até chegar à escola para dar aula aos seus aluninhos, as professoras que compram o giz para escrever no quadro-negro, as professoras que contribuem com o bem-estar das criancinhas que chegam na escola com febre ou falta de ar.

Oração do professor e da professora – Gabriel Chalita.

 Há professoras encantadoras que abrem janelas em salas de aulas cheias de paredes quentes e sem cor. E há aquelas que põem flores na mesa só para perfumar a sala de aula.

As professoras encantadoras são geradas em salas de aulas muitas vezes de cidadezinhas que nem constam no mapa do Brasil. E é para essas professoras que deixo o meu pequeno texto de hoje, porque comprar mamão e melancia para uma lagartixa é o mesmo que comprar anéis à terra.

Viva as professoras que se encantam pelas estradas de barro do nosso Brasil brasileiro que é um gênio em criar professoras encantadoras.

Eu creio na força do professor e da professora.

 

Destaques Protagonistas da Educação

Assumimos compromisso com a educação, promovendo os sujeitos que atuam nela.

A educação se faz com gente, e gente precisa de reconhecimento!

Todos somos sujeitos da educação. Na medida em que nos envolvemos com o conhecimento comprometido com a humanização, contribuímos para tornar cada ser humano, e todos os seres humanos, um pouco melhores. O conhecimento faz sentido quando ele potencializa as atitudes e os sentimentos humanos, tornando-nos mais livres, mais encorajados para viver, mais solidários e mais comprometidos com a felicidade da gente e de todo mundo.

Queremos destacar o esforço, a criatividade e a ousadia de quem faz a educação acontecer: pais, alunos, professores e professoras, diretores de escolas, coordenadores e coordenadoras, individualmente, ou no seu conjunto. Queremos também destacar as iniciativas pedagógicas que deram resultados interessantes em cada contexto escolar.

Além da ousadia e da paixão de ensinar, em tempos tão difíceis como o nosso, queremos sempre destacar o profissionalismo e o compromisso ético que todos assumimos quando decidimos atuar na educação.

Queremos indicar caminhos e referências pedagógicas, longe de fórmulas mágicas ou falsos malabarismos educacionais.

Acreditamos que aqueles que fazem a educação é que deveriam ser os verdadeiros protagonistas de sua promoção. Outros profissionais podem e devem colaborar com a educação, mas não devem ser os porta-vozes dela.

 

Nei Alberto Pies,
editor do site

 

 

Ateísta por opção

Sou ateu por acreditar que este mundo terrivelmente triste,
somente será belo quando a humanidade, sem nenhuma culpa
ou medo do “pecado”, assumir sua responsabilidade histórica com
a vida enquanto agente social materializado in loco e não entregar
nosso destino nas mãos de um ser onipresente que deve fazer
por nós aquilo que nossa covardia nos impede de fazer.

 

Antes de prosseguir, deixo claro meu respeito as nossas idiossincrasias. Sou ateu convicto e praticante. Tenho motivos racionais para, feita a depuração, ter conseguido superar lenda cultural-histórica-milenar criada pelo homo sapiens objetivando aliená-lo materialmente, espiritualmente e socialmente. Sou ateu por ser adulto, militante social e, sobretudo, historiador.

Penso que a ideia subjetiva de existir um ser onipresente, onipotente, onisciente é uma construção ideológica a – científica, consciente, radical, danosa, construída e sustentada tradicionalmente pelo homem e dissociada da realidade material objetiva.

Uma ideologia parida pelo fracasso da humanidade em compreender sua própria responsabilidade histórica enquanto agente social materializado nas formas de sociedades existentes em antanho e contemporânea.

Um instrumento acomodativo das forças sociais negador da nossa responsabilidade com o devir histórico. Limitador da ação prática individual e coletiva. Haxixe ilusório impositivo pela ideologia secular teocrática de obediência servil do homo sapiens a um ente superior que ama a humanidade, mas insiste em mantê-la na dor, sofrimento, tristeza, miséria carnal e espiritual.

Alimenta-se da aceitação passiva e inquestionável do dogma teocrático. Assassina violentamente o pensamento crítico. Ideologia criminosa. Tanto que obriga o senso comum a acreditar e defender, de forma ignorante e infantil, a parição de mulher virgem e a existência de uma cobra falante.

Nega que o homem tem o dever e a obrigação de lutar pela sua liberdade plena, individual e coletiva. Orienta-o a submissão e rendição em vida. Lança-o num mundo culposo cercado de pecados podadores do prazer humano. Impõe libertação somente a partir da aceitação da culpabilidade e conseqüente penitência corretora do “pecado” cometido.

É uma ideologia Intolerante e, sobretudo, ignorante. Não argumenta. Reproduz ipsis litteris o conteúdo existente no best seller orientador considerado sagrado. A humanidade só será plenamente feliz através da revelação.

A Revelação só é possível após desmaterialização terrena. No julgamento final ele, o onipresente decidirá se determinado ser viverá num paraíso sem injustiças sociais ou não. Para passar a eternidade ouvindo monótonos seres angelicais tocando harpas irritantes deve ter, em vida, agido de acordo com os lendários ensinamentos divinos.

Do contrário, se confrontar a ordem social vigente, se desenvolveu racionalidade crítica, se questionar dogmas eclesiásticos e, sobretudo, for ativista social praticante e ateu sofrerá ad infinitum no inferno.

Sou ateu por acreditar que tal construção ideológica ininteligível mata o homem em vida. Sou ateu por ter convicção de que o homem, somente ele, livre de ideias infantis e ingênuas, através da ação prática pode construir um mundo mais feliz, livre, pleno, fraterno, justo, solidário, coletivo, respeitoso, sem miséria, tristeza ou dor nesta vida e não além-vida.

Sou ateu por ser lutador libertário. Sou ateu por acreditar que o opressor não é invisível e está materializado entre nós. Somente nos oprime por encontrar entre os oprimidos defensores da sua política opressora.

Sou ateu por acreditar que o libertário também não é invisível e não dependemos dele para viver a vida na sua plenitude.

Sou ateu por ter consciência que a única forma de melhorar a minha qualidade de vida e de meus semelhantes é combatendo ativamente as políticas dos opressores (banqueiros, latifundiários, grandes empresários) e suas ramificações atuantes (empreiteiros, mineradores, madeireiros, indústria da pesca predatória, petrolífera…) porque são destruidoras do planeta e das esperanças do povo.

Sou ateu por acreditar que este mundo terrivelmente triste, somente será belo quando a humanidade, sem nenhuma culpa ou medo do “pecado”, assumir sua responsabilidade histórica com a vida enquanto agente social materializado in loco e não entregar nosso destino nas mãos de um ser onipresente que deve fazer por nós aquilo que nossa covardia nos impede de fazer.

 

“Não é seu papel julgar as pessoas. Só teremos paz no mundo quando aprendermos a respeitar as convicções dos outros. A cada um será dado conforme seus atos, não conforme suas crenças”. (jovem Guilherme Oss, em vídeo Ateísmo e liberdade de crença).

 

Os jornalistas fofos e Lula

O fofo citará todos os grandes líderes,
para concluir ao final que Lula é Lula e
que não se brinca com a História.
Lula não poderia, segundo o fofo,
tentar se comparar a um Getúlio.

 

Aguardem os escritos fofos dos jornalistas fofos, se Lula for mesmo preso. Os jornalistas fofos gostam de fazer firulas com o passado para trazer suas reflexões para o presente. O fofo adora líderes de massa, mas só os da Wikipédia.

O fofo é um exagerado e, para erguer sua tese, vai citar os grandões, Zapata, Mandela, Luther King e até Sandino. Se estiver num dia inspirado, é capaz até que cite Lênin. O fofo não teme citar líderes históricos do povo, porque ele os folcloriza como se fossem curiosidades.

E aí ele vai dizer: mas com Lula não é bem assim. Lula não é um Simon Bolívar, tampouco um Perón e muito menos Jesus Cristo. O jornalista fofo, nas suas muitas variações, adora citar Jesus Cristo.

O fofo citará todos eles, para concluir ao final que Lula é Lula e que não se brinca com a História. Lula não poderia, segundo o fofo, tentar se comparar a um Getúlio.

O fofo fará volteios, induzirá muita gente ao choro, porque ele dará a entender que está arrasado com o drama de Lula, e no fim fará o arremate. Que Lula se submeta ao seu martírio, como todos os líderes de massa, porque assim caminha a humanidade (os fofos gostam dessa frase).

O fofo revelará, ao final do texto, que está triste, porque gostava muito de Lula e que sempre votou no PT, e que foi comunista na infância, mas que agora a situação é outra. A justiça é para todos, dirá o fofo, citando uma frase original de seu ídolo Sergio Moro.

O fofo irá comover meio mundo com sua ladainha, mas não conseguirá aplacar as inquietações da própria consciência.

Os jornalistas fofos sabem o que são e que papel cumprem no jornalismo.

Em outro artigo publicado no site, Moisés Mendes fala dos seus colegas jornalistas assim: “Jornalista incomodado com a crítica, por achar que isso o fragiliza, não pode ser jornalista. Jornalista que se nega a aceitar a avaliação do trabalho da imprensa é um corporativista. É alguém que, sob o pretexto de não incomodar colegas, se omite em relação ao exame da própria atividade.

O jornalismo que ataca e mia quando é atacado

 

Cristiane B., 44 anos, corrupta e degenerada

Grande maioria dos nossos políticos (as) eleitos,
em todas as esferas de poder (Planalto, Congresso, Palácios,
Assembleias, Prefeituras e Câmaras de Vereadores) se autoproclamam
seres diferentes, superiores e intocáveis. Não são como os demais
membros da sociedade brasileira. Não é á toa que
transformaram a corrupção em algo banal.

 

O escárnio da deputada federal Cristiane Brasil [PTB], indicada ao Ministério do Trabalho pelo seu degenerado pai e bancado, ao menos até o momento, pelo corrupto governo Temer, é um fiel retrato do covil congressual brasileiro. No mínimo uns 70% dos congressistas são do naipe da eventual futura Ministra. Mas nem todos escancaram sua essência como ela fez no vídeo.

O surpreendente não está localizado na perfidez do vídeo. Grande maioria dos nossos políticos (as) eleitos, em todas as esferas de poder (Planalto, Congresso, Palácios, Assembleias, Prefeituras e Câmaras de Vereadores) se autoproclamam seres diferentes, superiores e intocáveis. Não são como os demais membros da sociedade brasileira. Não é á toa que transformaram a corrupção em algo banal.

O fato da deputada federal Cristiane Brasil elaborar um vídeo com forma e conteúdo Dionisíaco em sua defesa não é, definitivamente, determinante para nossa indignação coletiva. Não foram, segundo eles (as), eleitos para respeitar a vontade do eleitorado.

 

Líder do governo Temer Darcísio Perondi diz que é impensável e impraticável um juiz decidir sobre quem o governo quer nomear ou não como seu ministro. Confira na reportagem.

Veja mais.

 

O importante à corja política encastelada na praça dos três podres poderes é garantir seus interesses, privilégios e manter sua extravagante luxúria. Para eles [as] o povo é só um detalhe.

Enquanto nossos governantes e representantes parlamentares, de cima a baixo, não nos respeitarem, temos o direito de defender a desobediência civil. Não reconhecemos aquele canalha como presidente, não reconhecemos aquele congresso de mafiosos como nossos representantes e não reconheceremos a Cristiane B. como ministra. Este motivo é determinante para nossa indignação coletiva.

A beleza dos versos de Maiakovsky, encharcado de dor e esperança, no poema em homenagem à perda, meses antes, de seu amigo Serguei Iessienin, cabe como uma luva a realidade política brasileira: “Por enquanto, há escória de sobra. O tempo é escasso, mãos à obra. Primeiro, é preciso transformar a vida, para cantá-la em seguida. Para o júbilo o planeta está imaturo. É preciso arrancar alegria ao futuro”.

E iremos arrancar, organizados, mobilizados e na luta, com as nossas mãos, alegria ao nosso futuro. Fora Temer e sua corja de ministros. Fora aquela pacotilha congressual. Vamos à luta!

Democracia, uma escolha civilizatória?

Afinal, ainda não respondemos as perguntas: o que somos?
Por que somos? Nosso produto atual é o caos, a dúvida sacralizada
e a confusão derivada. O espírito democrático e as soluções
democráticas passam por uma elevada responsabilidade e
maturidade psicológica para atuar e equalizar a realidade da
existência humana, como hóspedes responsáveis
sobre este planeta.

 

Tenho me perguntado muitas vezes sobre o impacto do termo democracia na minha psicologia em contínua humanização.

A primeira abertura semântica emotiva que acontece em mim é ambigüidade, superficialidade. No raso dos primeiros pensamentos me vem a primeira associação, não vem como confirmação, mas como questionamento: Somos todos iguais?

A democracia como entendida pelo senso comum é verdadeira em significado e sentido? Ou, devido a nossa imaturidade psicológica e moral usamos o termo para substituir a responsabilidade de construir a diversidade única em cada um de nós com autonomia e desejamos democracia compensatória?

“Somos todos iguais”, sim! Somos humanos em primeira instância e isso nos iguala, somos vida desejada pela vida também em primeira instância. Mas, desse ponto em diante vem o comprometimento, a responsabilidade existencial, significa que cada um de nós, na medida que faz existência consciente, se diferencia. Quando fazemos a existência como história, nos diferenciamos. E isso é belo e bom!

 

Música Diversidade – Lenine.

Onde está o ponto de conflito filosófico psicológico desse aparente contraditório: ser igual como humanos e ser diversos responsáveis no auto-pôr-se existencial na construção da democracia real?

A natureza não conhece a democracia, como diz Antonio Meneghetti: “A vida não pensa, a vida faz”, e, nesse fazer dispõe projetos únicos, sementes de toda espécie, em coerência absoluta em si e por si. A vida quando faz não pergunta se é justo, é proporção pura a si mesma.

A vida não ama mais a um ou a outro, a vida faz o belo de cada ser pelo belo proporcional de si e em si, ali cada um de nós é o que é, perfeito. Ponto e basta, dispõe o potencial seminal de um real ou do real para que floresça, aconteça e faça história em conformidade com a própria semente que é.

Do primeiro respiro em diante, nasce a grande responsabilidade humana de autoprodução de si próprio. Na medida em que avançamos na autoprodução de nós próprios, a vida acontece desse ou daquele modo, personaliza, nos tornamos pessoas. No erro a dor, na realização a glória.

Essa autoprodução que faz história responsável em cada pessoa parece tão difícil ao ser humano que a certo ponto beira a algo trágico.

No âmago desta autoprodução o humano deveria experimentar vitória, aquela que escorre reforçando a ação com prazer e inteligência e o coloca no seu mais ser com sentido de realização. Por ser existencial, o erro não é de natureza, é um erro técnico conduzido pelas ficções fantasiosas sobre a vida e sobre nós próprios.

Desta dificuldade, a certa medida trágica, o humano enquanto existente, impedido por qualquer circunstância de chegar a pleno, faz do erro o modelo de civilização, faz da dificuldade o modelo de autoprodução também no social, perdido no caos das oportunidades perdidas ou negadas, na preguiça moral de ser virtuoso, constrói o caos e se torna um desordenado da natureza, passa a destruí-la ou subvertê-la até que não se reconheça mais, desumaniza.

Cada um de nós conhece a psicologia desordenada que comporta a infelicidade, a injustiça, o medo, a inveja, a dor, a mágoa, o revide, o estresse, a dúvida neurótica, etc.

Desordenada porque sentimos que não deveria estar ali, sentimos como se fosse fora da ordem do ser realizado.

A sociedade, e não poderia ser diferente, é o espelho do indivíduo desordenado da ordem do ser, esquizofrênico existencial, quando remói suas culpas, num giro asfixiante da realidade maculada pela preguiça de autoproduzir a pleno a si próprio na técnica eficiente da própria função psicológica.

A todos nós foi dado a intencionalidade dos heróis, sim, nosso ser é heróico. Somos heróis rumo à vitória, mas nesse heroísmo atuado sempre experimentamos a saga de prometeu e o fogo dos deuses.

Se, persistimos e somos sérios, ao final vencemos e recolhemos o fogo como vitória humana e humanizada na inteligência da vida. Se, erramos e somos preguiçosos, todos os dias nosso fígado será destruído e precisará regenerar-se do princípio, de dor em dor, até humanizar-se no fogo dos deuses, a liberdade.

O que faz o humano com esta trágica saga tantas vezes mal conduzida da sua humanidade?

Projeta na construção social toda a sua tragédia pessoal como se modelo de natureza fosse. Na realidade projeta e reproduz o modelo distorcido da semente inicial que não soube levar a termo. A criatura contra o Criador, contra a sua natureza, sem ao menos ter a mínima noção de como ela seja verdadeiramente, projeta na sociedade e constrói mundos especulares de deflexão distorcida do real que verdadeiramente é.

O modelo da sua deformada psicologia pessoal se somatiza no social, comporta os mesmos erros psicotécnicos de percurso que o tornaram tão reativo e fora do bem que é. Comete erros psicotécnicos como resultado, também, quando constrói o social; receita perfeita adulterada, comida ruim.

Aquilo que o humano experimentou como impedimento e não se responsabilizou em solucionar em si, se transforma na distorção de sentido de tudo aquilo que é seu infinito possível, vira o impossível almejado, atua ficção no bem e no mal.

Com tudo adulterado e exacerbado no negativo semântico dos verbos ser e fazer, paralisa a civilização em resistência ao outro, na mesma proporção da resistência que tem ao bem de si próprio; se eu não posso, o outro também não pode.

Da contradição nasce o outro como “inimigo meu”, o sabotador. Insemina o mal em tudo que possa romper esse circuito vicioso. Trabalha contra a natureza em revide a uma injustiça que pensa ter sofrido, briga com Deus, antes de rever a si próprio. Nunca se responsabiliza por resolvê-la com honestidade intelectual. Aceita que é débil e promove a debilidade de modo exemplar no ambiente que habita. Nunca rompe a fronteira da preguiça e do medo para rever a si próprio desde o princípio para reestabelecer o critério de natureza que lhe permite conformidade e reciprocidade no todo, como humano cosmoteândrico.

Quando o termo democracia foi criado tinha um significado, uma forma e uma aplicação, mas na sua máxima visava o bem comum. De lá para cá, com a humanidade cada vez mais esvaziada do bem comum, na lógica do “O homem é o lobo do homem” e essa é a única natureza sobre a qual ele aceita discorrer e confirmar atualmente, a vida social entra na lógica da política do lobo, vem a democracia moderna.

Democracia como exigência política, econômica, sanitária, etc. como escopo aparente ao bem comum, que pretende abarcar todos os problemas que afligem a comunidade humana, perfeita em tese, imperfeita e corroída por uma psicologia muito distanciada da sanidade ao bem comum, mesclada de toda sorte de desonestidades e imaturidades de humanos não responsabilizados diante de si próprios e nem diante da própria cultura humanística que trazem como semente em sentido psicológico espiritual.

Não conseguimos ainda fazer passagem da democracia biológica para a democracia psíquica de elevada racionalidade ontológica sobre o bem que somos. Afinal ainda não respondemos as perguntas: o que somos? Por que somos? Nosso produto atual é o caos, a dúvida sacralizada e a confusão derivada.

A humanidade segue em busca da democracia material, da igualdade de oportunidades como modelo, da crítica sobre aqueles que honestamente enfrentam suas ambições e se dispõe como líderes no seu ser e fazer mais porque chegaram ao mais, da injustiça como bandeira deformada da incompetência frente às proporções e soluções que precisam ser tomadas.

A democracia virou cabo de guerra econômica, política, social no vazio de interesses comuns, virou uma distorção de princípio onde os mais espertos agem como piratas do bem público em ambições fora de propósito. Essa é uma democracia territorial de psicologia duvidosa, uma democracia conduzida e concebida por modelos psicológicos que não contemplam a maturidade e nem a sanidade das relações humanas.

 

Defenda a Democracia. Ela é civilizatória, ela é progressista, ela é pacificadora, ela é de todos e para todos!

A democracia verdadeira deve nascer no coração do ser humano que se responsabiliza por fazer a sua parte segundo a sua natureza e segundo a autoprodução virtuosa de si próprio.

A democracia não pode ser feita por pessoas que não levaram a sério a construção de si próprias e projetam suas deficiências e desonestidades na sociedade como forma de alienação e corrupção de si no bem comum. Aqui, estou falando de virtudes democráticas, e não de currículo acadêmico ou bancário para exercer o “poder democrático” nos tantos jogos e tantos tabuleiros pré impostados na ambição distorcida daqueles que esqueceram o que é bem comum e só democratizam a perda aos outros, na subversão do verdadeiro espírito democrático.

O espírito democrático e as soluções democráticas passam por uma elevada responsabilidade e maturidade psicológica para atuar e equalizar a realidade da existência humana, como hóspedes responsáveis sobre este planeta.

Sim, somos hóspedes desse planeta maravilhoso e devemos honrá-lo, honrando a nós próprios. Se a ideologia favorável passa pelo conceito e pela palavra democracia, ótimo. O fato é que não importa a palavra de ordem e de passagem, importa o espírito humano que ela encarna e atua.

Ética e Ecologia desafios do século XXI de Leonardo Boff. Um vídeo de Adriana Miranda.

Afinar o conceito de democracia para escolhê-lo como guia virtuoso é, para mim, uma questão emergente e ineliminável, porque se aprendermos o espírito que ela encarna para o bem comum, gradativamente nos tornaremos verdadeiramente democráticos. Não precisaremos mais do termo como bandeira, teremos o termo como coragem, como uma força que vem do coração que pulsa pela realização da humanidade no um que nos diferencia e nos iguala no bem comum.

Antes do sistema se tornar democrático, precisamos nós, sermos democráticos, no mais alto patamar da nossa responsabilidade humana, humanizando-nos ao bem comum!

A única rebeldia cabível na democracia é aquela de tornar ao belo, sim, porque somos capazes de autoprodução do belo e do bem de nós próprios, como projetos espirituais perfeitos da vida que não é democrática, mas, nos projetou como democracia possível no bem comum do espírito humano, humanizado e prometeico.

Os poderes da fé e da oração operam milagres

Talvez aí resida o verdadeiro milagre:
conectar-se com Deus.
Estar com ele para que ele esteja com a gente.
Viver com ele para que ele viva com a gente.
Conversar com ele para que ele converse com a gente.

 

 

Quando chegamos aos quarenta anos, elaboramos ideias mais consistentes que passam a nos orientar na vida adulta. Estas ideias são os conceitos que vamos sedimentando acerca da existência, do sentido da vida e do sentido do mundo. Aconteceu comigo quando me deparei com a palavra e o conceito “milagre”.

Sou um homem de fé, cristão, educado na doutrina Católica Apostólica Romana. Tenho conhecimentos de várias e muitas tradições religiosas e também de filosofias como ateísmo e agnosticismo porque sou professor de Ensino Religioso em escolas públicas. Estes conhecimentos nunca abalaram a minha fé, mas, antes, pelo contrário, confirmaram ainda mais minhas crenças. Nunca acreditei cegamente em milagres, mas sempre achei que poderiam existir entre a gente, a partir da fé de cada pessoa.

Um dia, ao ouvir uma homilia de um religioso, num canal de televisão, descobri o conhecimento que precisava para um amplo entendimento de milagre.

O religioso dizia: “se você tem algum problema, alguma situação difícil na qual esteja passando, creia em Deus. Não peça a solução para o seu problema, mas tenha fé. Não queira impor a Deus a sua vontade. Deus sabe o que se passa contigo e, se você tiver fé, ele saberá te ajudar naquilo que você precisa. Este é o verdadeiro milagre”.

Desde então, passei a me “perturbar” com o assunto e por isso decidi escrever, em forma de reflexão.

Vejo que a maioria dos cristãos acredita nos milagres, assim como eu. No entanto, tem uma ideia de milagre diferente desta que relatei acima.

A maioria dos cristãos acredita no poder mágico e extraordinário que vem do poder de Deus sobre a nossa frágil condição humana. Nesta perspectiva, o milagre sempre é um fenômeno externo à vida da gente. A gente pede, implora e se Deus não atende, a gente xinga, a gente esbraveja Deus porque Ele não nos atendeu. Parece que o milagre é só de Deus e a gente fica na passividade de ser apenas seu beneficiário. Isso, talvez, explique porque há tanta gente que está brigada com Deus.

Eu mudei meu conceito de milagre, a partir da fala do religioso. Passei a entender que milagres existem todos os dias, para aqueles que têm fé. Para aqueles que acreditam no poder de sua fé, sem a exigência de ser atendido naquilo que eles imaginam ser a solução dos seus problemas.

 

Oração para ter força e coragem.

Mahatma Gandhi, líder religioso hinduísta, em texto “Poder da Oração” afirma que ele simplesmente orava, mas um dia percebeu que se tornara um homem de fé. Percebeu que nada seria sem a força de Deus que agia nele. Disse ainda que orar ou rezar, não é pedir, mas sim, estar com Deus.

Talvez aí resida o verdadeiro milagre: conectar-se com Deus. Estar com ele para que ele esteja com a gente. Viver com ele para que ele viva com a gente. Conversar com ele para que ele converse com a gente.

Não tem problema a gente mudar de ideia. “O mais triste é não ter ideias para mudar”, como dizia Barão do Itararé. Antes tarde que mais tarde, sejamos capazes de rever os conceitos fundantes de nossa vida e de nossa existência. Cada dia é uma oportunidade para a gente se revelar a Deus e de Deus se revelar para a gente. Os milagres existem para quem tem fé!

A derrota do pensamento

O pensamento diplomado, o pensamento que busca
a verdade através da leitura e do conhecimento de
diversas fontes, o saber ancestral, baseado nas experiências vividas
estão sendo derrotados pelo saber imediato e sem relação com nada.
Falta-nos o discernimento crítico da realidade e dos conhecimentos.

 

Há alguns anos, tive a oportunidade de ler o livro A derrota do pensamento, do filósofo francês Alan Finkielkraut, e relembro essa leitura apenas para justificar o título deste artigo.

É inegável que, com o advento da internet e das redes sociais, se popularizaram a escrita e a possibilidade de emitir opinião sobre os mais variados temas. Isso é bom! Porém o que refiro como derrota do pensamento é o nivelamento de todas as pessoas (ou quase todas), pois há muito de exclusão social e digital na abordagem dos temas.

 

Idiotização da mídia e manipulação – Fora da Caixa.

Decidi escrever este texto a partir de alguns daqueles debates que a gente acaba fazendo no Facebook com amigos e familiares – no meu caso, como graduado em Teologia, querendo fundamentar com argumentos alguns temas de religião. A conclusão é que de pouco valeram aqueles anos de estudo de Teologia. Assim, como de pouco adianta minha graduação em Filosofia, especialização em Bioética ou mestrado em Comunicação Social.

Para não encerrar o exemplo em mim mesmo, quero ampliar essa ideia da derrota do pensamento. Num dos debates sobre religião, um interlocutor amigo do Facebook fala da perseguição aos cristãos na Bolívia e Venezuela.

Daí eu me pergunto: o que sabemos nós, brasileiros e brasileiras, sobre esses países, se o que recebemos é um bombardeio de informações falsas e negativas dessas nações pela grande mídia?

Sempre tive como referência em assuntos internacionais o professor Paulo Visentini, autor de diversos livros e profundo conhecedor de geopolítica e de como se relacionam os países, seja na América Latina, Oriente Médio ou qualquer parte do mundo. Mas qual é a diferença da opinião do professor Visentini para a opinião do meu interlocutor do Facebook?

Outro interlocutor, estudante de Filosofia nos primeiros semestres, com a finalidade de se tornar padre da Igreja Católica Romana, autodenominando-se conservador de direita, achou-se no direito de apontar os erros do Papa Francisco na condução da Igreja. Não importa que Jorge Bergoglio tenha feito tantas faculdades, que tenha vivido as mais diversas situações como argentino, arcebispo, cardeal e, agora, talvez como a liderança mais respeitada em todo o mundo. Só importa o desejo de se manifestar, mesmo que sem argumentos.

Não é apenas o pensamento diplomado que está sendo derrotado. Trata-se também do pensamento de quem busca a verdade através da leitura e do conhecimento de diversas fontes, e se trata do saber ancestral e baseado nas experiências vividas, que não pode ser desprezado pelo saber imediato e sem relação com nada, além da própria impressão da realidade, influenciada pelos meios de (des)informação que hoje dispomos.

Esperamos que o passo seguinte a essa avalanche de opiniões nas redes sociais seja o do discernimento crítico do que dizemos, curtimos e compartilhamos.

 

A forte ideologia de consumo, incutida na gente todos os dias, também nos faz relativizar demais as informações e os conhecimentos com os quais lidamos? Vídeo “Compro, logo existo”?

 

Ideologia – eu quero uma pra viver!

Em época de liberdade sexual e religiosa, onde as pessoas
podem assumir suas escolhas e crenças, deparar-se com
discursos velhos e hipócritas soa estranho e preocupante.
Doutrinação nunca foi nem nunca será uma
forma de convencer alguém do que é bom.

 

A última semana do ano de 2017 foi marcada por uma postagem leviana e que preocupa. Dois vereadores de nossa cidade Passo Fundo gravaram um vídeo que me soou absurdo. Eles criticam de forma categórica a “ideologia” de gênero aprovada no PME – Plano Municipal de Educação de Passo Fundo por meio do PL 5146/2015.

Não sei qual o papel de ambos nesta construção do PME.

Segundo os parlamentares, a ideologia de gênero é a moda do momento (mas ela é discutida há mais de 20 anos), uma pretensão das escolas, uma imposição e tem como objetivo destruir a família e manipular a mente das pessoas.

As crianças seriam então doutrinadas nesta “ideologia do mal”. Meu Deus. Em que mundo eles vivem?

 

“Ao relacionar a ‘ideologia de gênero’ como sendo ‘ideologia do mau’ a casos de pedofilia, os vereadores ofendem aos mais de 1,2 mil professores municipais e subestimam a inteligência das pessoas. O discurso só é aplaudido ou compartilhado por quem desconhece a profundidade do tema e se deixa levar por fanatismos religiosos. É de lamentar que o ano Legislativo, tão produtivo em Passo Fundo, encerre com um debate retrógado, sem significado para a educação”.
( Zulmara Colussi, em O Nacional, 28 de dezembro de 2017)
Mais informações, aqui.

Na realidade os discursos tem, antes, um viés eleitoreiro e de doutrinação religiosa do que uma real preocupação com a educação municipal, que sofre outros tantos graves problemas que deveriam ser prioridade na pauta de um vereador.

Não pude deixar de mais uma vez expor minha opinião, uma vez que este é aberto às opiniões e indignações.

A tão criticada “ideologia de gênero” apenas compreende que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da sua vida. É apenas uma forma de dizer que muito além de quereremos direitos e oportunidades iguais para homens e mulheres (que ainda estamos longe de conseguir), buscamos a compreensão de que não deve haver divisão do mundo entre homens e mulheres, pois somos sim todos iguais, independente do sexo. A questão é não haver diferença de sexos.

Nossas diferenças são apenas genitais e não deveriam importar culturalmente.

Essa simples palavra confunde as pessoas e confundiu nossos políticos, uma vez que eu sua compreensão falar em ideologia de gênero nas escolas seria uma forma de incentivar a homossexualidade e pior ainda, fizeram uma relação grave com abuso e exploração sexual infantil e esclarecem que a ideologia é uma imposição.

O Plano Municipal de Educação teve ampla discussão com participação de nossos educadores. Professores que compreendem o que falta no currículo escolar.

Professor dirigente do CMP Sindicato diz que Plano Municipal de Educação é fruto de uma discussão iniciada há mais de 10 anos e que proposta dos vereadores é desonesta e leviana.
Veja mais aqui.

É muito mais prejudicial para uma criança ver televisão aberta por horas, sem compreender realmente o que estão vendo, sem nenhum tipo de filtro, sem ter respeito por sua condição social. A escola é o espaço para o debate e a ideologia de gênero cumpre este papel. Simples assim.

Não vamos criar resistência aos termos que não conhecemos e não vamos acreditar em oportunismo.

Família é onde tem amor. Família é onde existem pessoas que se amam, independente do gênero. Porque ser do bem mesmo é ser alguém que compreende que somos iguais.

Você sabe o que é ideologia de gênero? Veja este vídeo bem esclarecedor.

Os pobres que o jornalismo não vê

O jornalismo deve ir às periferias e ver os dramas
de um mundo de carências e misérias que a imprensa
pós-golpe afastou dos nossos olhos.
Esta ainda é uma tarefa dos jornalistas.

 

O jornalismo ainda está devendo reportagens que desmascarem os índices médios de inflação e mostrem a realidade dos pobres depois do golpe.

É preciso ir ao mundo que desconhece a inflação baixa do jaburu-da-mala e a recuperação da economia propagandeada pelo Jornal Nacional.

O Brasil da classe média ignora a realidade de quem ganha salário mínimo ou um pouco mais e paga R$ 150 por dois botijões de gás, que vai pagar 30% mais pela luz, que enfrenta o aumento semanal da gasolina (tem seu carrinho ou se vira de moto) e que não enxerga a tal retomada do emprego.

Os índices da inflação que não levam em conta a vida desse povo, mas o custo de vida de uma classe média, também empobrecida, não conseguem dar conta dessa realidade.

Os repórteres devem ir a campo para contar como sobrevivem os que almejaram ascender socialmente, durante os governos de Lula e Dilma (e muitos conseguiram), e que agora enfrentam retrocessos devastadores.

Mas é preciso ir além dos números e das estatísticas. Os dados sobre o custo de vida real, que se contrapõem a uma inflação média enganosa e às besteiras ditas pelo jaburu-da-mala, servem de esclarecimento pela metade.

O sentido maior da compaixão para com os pobres: não os defendemos por serem bons ou anjos, mas porque são parte de uma sociedade desigual que não sabe lidar com eles.

Pobreza e compaixão

É preciso mais. O jornalismo deve ir às periferias e ver os dramas de um mundo de carências e misérias que a imprensa pós-golpe afastou dos nossos olhos. Esta ainda é uma tarefa dos jornalistas.

 

“Todo profissional deve defender os interesses intrínsecos ao seu ofício. Os jornalistas, assim como os professores, trabalham com temas de interesse geral, a educação e a informação. Por isso mesmo, precisam toda hora justificar o seu trabalho e legitimar a função social do seu trabalho. Os jornalistas, em especial, lutam pela qualidade da informação, apresentando slogans como este: “Sem jornalista não tem informação”. (Nei Alberto Pies)

https://www.sul21.com.br/jornal/jornalismo-e-seus-interesses-por-nei-alberto-pies/

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