Início Site Página 186

Professores e posturas diante do conhecimento

Qual a pressão se cada aluno aprende em um tempo,
qualidade e profundidade diferentes e o aprendizado
é um processo longo, que precisa envolver prazer?

 

Dia desses um colega professor de outra área do conhecimento me perguntou: – Fiquei sabendo que você ensina os alunos a estudarem. Por que você entrega de bandeja dicas e métodos de estudo? Você facilita muito a vida desses alunos.
Eu respondi:

– Creio que um dos papéis mais importantes de um educador é permitir que os alunos sejam mais do que a minha geração foi e façam o mundo um lugar melhor. Se eu puder auxiliar eles nesta caminhada, ficarei grato. Existe uma diferença entre facilitar e permitir. Eu, ao invés de falar para eles estudarem, compartilho meus métodos para permitir que desde cedo tenham o mesmo prazer que adquiri com os estudos.

E você? Ainda acredita que prova serve para “selecionar” aluno? Pois é, eu não.
Ele tentou argumentar falando da meritocracia, mas já havia dado o meu recado.

Não quero convencer ninguém, mas sei do meu papel como professor, se ele sabe o seu… e acredita nele, perfeito. Mas julgar nunca será um meio educativo, nunca.
Se você leu até aqui, saiba: Tudo que possa mudar a realidade dos jovens é visto pela geração anterior como uma afronta.

 

 

“A escola não se configura como homogeneidade e os professores não são passivos às mudanças. Por isso, é necessário analisar e demonstrar as efetivas contribuições que a reflexão crítica pode proporcionar para a comunidade escolar. Pois, ela produz um discurso de preparar os educandos para a vida adulta com capacidade crítica em uma sociedade plural e, em contrapartida, essas finalidades são negadas pelo sistema tecnicista atual”. (Arnaldo Nogaro)

Ser professor reflexivo – Arnaldo Nogaro

 

Como é ser professor?

Ao ser interrogado, pensei bastante porque não desejava responder com clichês do tipo é ótimo, adoro o que faço.
Aí respondi assim:
– Imagina você elaborando estratégias e formas de construção de conhecimento, pesquisando e levantando materiais.

Chegando numa sala de aula você está sempre cercado de seres em busca de humanização e novos conhecimentos.

E, a cada aula, você transforma a forma deles perceberem o mundo e se transforma durante o processo, amadurecendo coisas e ações que em nenhum outro local isso seria possível de acontecer.

Nesse vídeo, Cortella explica o papel da afetividade e vínculo com o professor para a aprendizagem do aluno. Confira a entrevista completa.

A pessoa respondeu:
– Nossa, e eu que falei para minha filha pensar bem antes de ser professora. Quem precisa pensar melhor sobre o tema sou eu

 

Falar não é ensinar

Existe uma ilusão no professor brasileiro que aula expositiva é suficiente. Quando falamos ou explicamos, estamos mobilizando o interesse dos alunos. Mas esse processo nunca substitui o diálogo, a leitura prévia, o debate e a produção de resumos e anotações pessoais. Tudo isso, constrói o entendimento do que é estudar.

A aula expositiva não ensina, não transmite e não passa conteúdo. Ela, na melhor das hipóteses, mobiliza o interesse dos alunos.

A mobilização é a primeira parte do processo. Todas as vezes que o professor percebe que está com o “conteúdo atrasado”, ele corre falando tudo rápido e realmente acredita que, finalmente, “venceu” o conteúdo.

Na minha visão, o que na realidade acontece é que o professor faz tudo isso querendo se livrar do peso de ter prejudicado o próximo professor. Nessa corrida de matéria, o aluno e o conhecimento nunca são prioridades.

 

Qual é a pressa?

Qual a pressão se cada aluno aprende em um tempo, qualidade e profundidade diferentes e o aprendizado é um processo longo, que precisa envolver prazer?

Este último deveria ser uma das maiores prioridades. Gostar de estudar algo e ter curiosidade.

 

Como tornar uma Cidade Educadora?

Marcio Tascheto, professor da Universidade de Passo Fundo e Coordenador do Programa UniverCidade Educadora fala da concepção, dos desafios e da importância de construirmos uma cidade educadora.

Cidades educadoras é um movimento nascido em Barcelona no ano de 1994, pensando a cidade como um espaço educador, onde a prioridade sejam as pessoas.

“O território da cidade é um território pedagógico”. A tendência no urbanismo é pensar a cidade mais para os carros do que para as pessoas.

O que é um território educativo?

Para Helena Singer, diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz e organizadora da Coleção “Territórios Educativos – Experiências em Diálogo com o Bairro-Escola”, que acaba de ser lançada pela Editora Moderna, é um lugar que atende a quatro requisitos: possui um projeto educativo para o território criado pelas pessoas daquele espaço; agrega escolas que reconhecem seu papel transformador e que entendem a cidade como espaço de aprendizado; multiplica as oportunidades educativas para todas as idades; articula diferentes setores – educação, saúde, cultura, assistência social – em prol do desenvolvimento local e dos indivíduos.
Veja mais aqui.

      

 Não é possível construir um projeto de cidade educadora sem a participação social. Uma cidade tem de ser educadora em todos os espaços, com todos os setores, com todos os sujeitos que nela moram, com todos os seus atores.

“Quanto mais a escola se entenda como um laboratório de criação de conhecimento radicalmente democrático, mais essas estratégias de conhecimento vão se traduzir para o mundo de fora da escola. Um bairro e uma cidade não podem ignorar uma escola que se entenda como um espaço de aprendizagem permanente”, propôs Jaume em entrevista, ao Cidades Educadoras. Confira.

http://cidadeseducadoras.org.br/reportagens/jaume-bonafe-cidade-nunca-ira-ignorar-uma-escola-que-se-entenda-como-espaco-de-aprendizagem-permanente/

 

 

Vídeo gravado por Márcio Tascheto, com exclusividade para o site www.neipies.com, Série Audiovisual Reflexões.

 

 

Fome emocional: pode?

Quanto maior a necessidade
de aplacar o estresse,
mais comida se ingere.
Quando se dá conta,
já buscou conforto na comida.

 

Para maioria das pessoas, motivos para incluir metas para emagrecimento e vida saudável não faltam, mas difícil é manter o foco quando se procura na comida a cura para todos os problemas de uma pessoa.

Vivemos numa época em que, cada vez mais, pessoas estão com menor capacidade em lidar com seus sentimentos e problemas. Vivemos uma epidemia de depressão e transtornos do sistema nervoso, além de sobrepeso.

É inegável que comer é um ato prazeroso e que não encontramos quase nenhuma outra maneira que nos dê prazer tão grande. O ato alimentar já é introduzido no nosso inconsciente como algo bom desde o aleitamento materno, onde temos o acolhimento, o afeto e o carinho no carinho.

A Psicóloga Amanda Menezes Gallo é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, Mestre em Avaliação Psicológica e Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento. Há 4 anos atua, principalmente, nas áreas de obesidade, sobrepeso, emagrecimento, questões com o corpo e autoimagem. Ela explica como reconhecer a “fome física” e a “vontade de comer”.

 

A alimentação gera a produção de endorfina  que tem  ação relaxante, e a serotonina que atua no humor. Algumas outras situações estimulam esses neurotransmissores, como amor e exercício físico.

Quanto maior a necessidade de aplacar o estresse, mais comida se ingere. Quando se dá conta, já buscou conforto na comida.

O problema é quando as coisas fogem do controle, quando as pessoas buscam fuga na comida para manter sua felicidade e, ao mesmo tempo, têm peso na consciência por terem excedido seus limites, causando frustrações em forma de “bola de neve”: compulsão alimentar.

Conheça o jornal digital e impresso Viva Bem que publica matérias de saúde, beleza, bem-estar, estilo de vida, alimentação e saúde.
Veja mais aqui.

 

É importante  identificar quando há  excesso alimentar por conta de problemas emocionais. É preciso buscar ajuda praticando atividades físicas, iniciando um planejamento alimentar adequado, evitando dietas muito restritivas e, principalmente, buscando auxílio psicológico para superar as frustrações.

Mente tranquila – corpo saudável.

 

Demências e mentiras sobre corrupção no Brasil

A corrupção aconteceu e acontece, mas entre os fatos e versões há muita mentira, interesses e enganação. Os brasileiros precisam de paz, tranquilidade e segurança institucional para continuarem a viver com saúde psíquica, física e moral.

Convivo com uma pessoa da família em quadro de demência (doença de Alzheimer). Esta experiência única, difícil, embaraçosa e controversa pela qual também passam milhares de outras famílias no Brasil, ajuda-nos a entender também o atual momento histórico do Brasil.

Faço uma ilustração, para efeito de comparação. Dias atrás, cuidadora deste familiar, uma senhora com mais de 80 anos, ainda muito lúcida e atenta à realidade, foi aconselhada pela gente a assistir mais televisão e noticiários como forma de fugir da rotina repetitiva dos discursos e atitudes daquele que cuida. Ela nos respondeu: “Não adianta, a televisão também só repete o assunto corrupção igual a ele todos os dias repete as mesmas coisas. É como trocar seis por meia dúzia. Estou cansada de ouvir”.

Vejamos então.

Descobrimos que somos também um país corrupto e onde corrupção passou a ser institucionalizada como prática de Estado, não só de governos. Onde grandes empresas, pelo menos nos últimos 30 ou 40 anos, mandam e desmandam os destinos de nosso país, associando-se a políticos das diferentes matrizes ideológicas para perpetuar seus enormes interesses econômicos.

Defendo que combate à corrupção deveria ser um dever cívico de todos os brasileiros e brasileiros. Será que já elegeríamos a corrupção como um problema suficientemente sério para ser levado a sério por todos?

 

Todo mundo sabe da saturação da gente com o problema da desonestidade e corrupção. O problema não está em noticiar sobre o tema (afinal se este não é tema relevante, qual será?). A questão é noticiar todo dia como se fossem novas e mais sofisticadas formas de corrupção, quando sabemos que estão falando “mesmo do mesmo”.

Em outro artigo já publicado, defendemos que: o combate à corrupção se faz com uma ampla reforma política e com dever cívico dos cidadãos (passando da passividade para cidadania ativa). O dia em que a Justiça condenar e punir os corruptos com rigor e a sociedade não tolerar mais nenhuma forma de corrupção, avançaremos no seu combate. Eliminar a corrupção é muito difícil, pois desde sempre a humanidade demonstrou-se vulnerável e corruptível!
Veja mais aqui.

 

A saturação depreende justamente pela repetição demasiada do assunto corrupção nos noticiários como se nada mais existisse em nosso país. A saturação se dá também porque este país ficou e está paralisado, sem perspectivas e sem soluções, a curto e médio prazo. A saturação se dá também porque todos os poderes instituídos, de uma forma ou de outra, jogam seus interesses na realidade ora relatada.

Envolvidos em mentiras ou invenções, os pacientes de Alzheimer e o paciente Brasil clamam sobriedade, paciência e intervenção para que não sucumbam, definitivamente.

Além de cuidar dos pacientes, é preciso fortalecer os cuidadores. O risco iminente que corremos é querer salvar os pacientes, fragilizando quem dá a vida por eles. Se acabarmos com os cuidadores, morrem os pacientes.

A corrupção aconteceu e acontece, mas entre fatos e versões há muita mentira, interesses e enganação.

Os brasileiros precisam de paz, tranquilidade e segurança institucional para continuarem a viver com saúde psíquica, física e moral. Os brasileiros já estão cansados de ouvir esta “enrolação repetitiva”, este mantra de mentiras e de desolação que só pretende justificar amargas medidas que a maioria da população terá de arcar.

Corrupção: uma prática que não se restringe à esfera política e que tem como resultados a disseminação da percepção de injustiça, impunidade e descrença nas instituições. Especialistas opinam sobre criminalização do caixa dois, pacote anticorrupção em análise pelo Congresso Nacional e pequenas corrupções do cotidiano dos brasileiros.

 

Parte da solução agora é “Diretas Já”. Sem legitimidade, não há governo ou poder que se sustente!

Jovem jornalista em missão na África

“Acredito que um mundo muito melhor se constrói
quando somos capazes de compreender com
compaixão e empatia a cultura, a religião, os costumes, as opções
e os contextos sociais, políticos e históricos de um povo.”
Victória Holzbach

 

Com 25 anos de idade, Victória Holzbach, jornalista, decidiu oito meses atrás (setembro de 2016) ir além da palavra e buscou, através da ação, viver o amor de Deus.

Desde então, mora como missionária em Moma, no norte de Moçambique. Victória, que nasceu em Passo Fundo, sempre participou de grupos de jovens na Catedral Nossa Senhora Aparecida e atuou, também, no Setor Juventude e na Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo.

Desde que está na África, comunica generosamente a sua vida de missionária.

Em outubro de 2016, fez uma primeira reflexão no site onde declarou que “o melhor lugar do mundo é onde somos capazes de ser amantes e amados. Há um mês vivo a experiência de descobrir e amar um novo mundo. A África, ainda que desconfiada pelas tantas estranhezas que carrego, me mostrou que a melhor acolhida acontece na simplicidade e na ternura”.

A simplicidade é a melhor anfitriã em terra desconhecida

 

Em novembro de 2016, publicamos em nosso site outra grande reflexão onde Victoria Holzbach descreveu que “missão é serviço. E servir com amor. “Que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.”

Que minha loucura seja perdoada: sou agora missionária – Victória Holzbach

 

Em dezembro de 2016, publicou mais um importante reflexão sobre o convívio com as crianças africanas. “O convívio com as crianças revela a simplicidade. Nossa esperança é que o futuro destes pequenos seja num mundo onde tenham direito à ternura e alegria, à saúde e escola, ao pão e à paz, ao sonho e beleza”.

Crianças: pequenos guardiões de uma história – Victória Holzbach

 

Em abril de 2017, fez uma grande reflexão sobre a situação da maioria das mulheres moçambicanas, como podemos conferir. “Essa desigualdade significa que elas têm menos dinheiro, quase nenhuma proteção contra a violência e o mínimo acesso à educação e à saúde. Este processo faz com que continuem sendo cada vez mais discriminadas e oprimidas por uma sociedade que insiste na desigualdade de gênero como forma de dominar.”

De Moçambique, mulheres nutrem esperança de dias melhores

 

 

Oito meses de muito aprendizado na missão

Ao completar oito meses de missão, Victoria tem certeza de que vale a pena dedicar compaixão e empatia àqueles que, ainda que diferentes, estão unidos pelo mesmo desejo de construção de um mundo melhor.

“Acredito que um mundo muito melhor se constrói quando somos capazes de compreender com compaixão e empatia a cultura, a religião, os costumes, as opções e os contextos sociais, políticos e históricos de um povo”, aponta Victória.

Compreender a cultura para propor projetos sociais de transformação

O projeto missionário vai além do atendimento religioso. A equipe de missionários e missionárias desenvolvem projetos sociais na Vila de Moma, como uma Biblioteca Comunitária, uma Associação de Fotocopiadoras, um projeto de alfabetização e reforço escolar para crianças e adultos, acompanhamento nutricional para recém-nascidos e produção e distribuição de remédios naturais.

“Nossos dias têm tudo, menos rotina. Muitas vezes fazemos planos para o dia seguinte, que são alterados por inúmeros motivos. Ou falta energia, ou o carro estraga, ou surge alguém que precisa de ajuda, ou chove muito e bloqueia a estrada”, relata Victória.

 

A vida dos africanos na simplicidade

A simplicidade do povo africano é parte do combustível da missão. Victória relata: “sempre acreditei muito mais no coração das pessoas do que naquilo que aparentam ser. Por isso a simplicidade daqui me encanta. É um país pobre, com pessoas pobres, na maioria camponeses. Nossas ‘roupas de andar em casa’ aí são ‘roupas de ir na missa’ por aqui. Para as crianças, em casa há pouco para fazer. Não há caixa de brinquedos, carrinhos, bonecas, videogames, televisão ou tecnologias. Brinquedo é aquilo que se acha na rua, se (re)constrói, se (re)cria.

As crianças que vão à escola são poucas e as motivações para irem menores ainda. São todos muito humildes e desprovidos até do básico para viver, o que faz com que qualquer coisa pequena seja sinal de alegria. Isso torna a vida muito mais simples, porque nos faz perceber o que realmente é essencial”.

“As alegrias, desafios e esperanças da missão nos movem e nos fazem seguir caminhando. Neste caminho, esperamos não estar sozinhos. Contamos sempre com as orações daqueles que fogem de uma Igreja tranquila e sonham e lutam por uma Igreja missionária, que arrisca se acidentar para ir ao encontro de suas ovelhas”. (Victória Holzbach)

Nossos desejos a esta jovem missionária: que seja feliz em sua missão, que aproveite todas as possibilidades de se humanizar através do contato humano e das trocas culturais e que continue entusiasta das mudanças que nosso mundo precisa. Nosso maior desafio é a própria humanização: tornar-nos seres humanos melhores através do conhecimento, do reconhecimento das alteridades e da construção de relações mais respeitosas e solidárias entre todas as formas de vida.

Fé e espiritualidade através da música

Um dos maiores males da humanidade:
a vergonha de assumir a religião, independente de qual seja.
Resolvemos assumir publicamente que assumir uma religião
pode e deve ser um caminho a ser seguido por todos.

 

A dupla de músicos e cantores Maurício & Matheo, juntos há 04 anos como dupla de cantores e há 02 anos num projeto de evangelização que denominam “Cantar para evangelizar”. Os jovens talentos explicam que “o único propósito da dupla na música é levar mensagens através das canções que possam que alguma maneira despertar consciência de mudança na vida das pessoas”.

Surgida de uma palestra motivacional, realizada numa empresa, a ideia de levar às pessoas a música como forma de tocar a vida e o coração, demorou alguns meses para ser concretizada.

A dupla surgiu de uma grande amizade, de um convite que foi feito e aceito e de uma relação de afinidade e reciprocidade entre os amigos.

Os cantores residem em Presidente Getúlio, SC, e começaram suas primeiras apresentações em cidades vizinhas. Logo depois, passaram a atuar, progressivamente, em todo estado de Santa Catarina. Hoje, graças ao reconhecimento de seu trabalho, a dupla atua e se apresenta nos três estados do Sul do país: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Vídeo Maurício e Matheo e Banda e Banda Luz Divina – Canção A Paz

 

A dupla de cantores tem como projetos futuros gravar mais um CD e um DVD ao vivo e sair numa turnê de evangelização.

 

Evangelização e espiritualidade

Perguntados sobre o conceito de espiritualidade que os mesmos defendem nas músicas, a resposta é direta e contundente: “a partir da paz e da fé no “Pai Criador” que devemos assumir nosso lado espiritual e religioso que está dentro de cada um de nós”.

 

Evangelizar os jovens: grande desafio

Usar a música e as canções para evangelizar os jovens é um grande desafio para uma dupla de cantores que não tem vergonha de se apresentarem como cristãos.

“Convencer um jovem a crer na igreja ou em uma religião requer habilidades e muita perseverança. Usamos nossos testemunhos de vida e escolhas que fizemos para orientá-los e convencê-los a seguir o caminho correto”.

“Foi uma experiência de fé muito forte de uma pessoa convicta de Deus. Pessoa de uma energia incrível que contagiou a todos nós. Seu brilhantismo e convicção apontam que evangelizar é preciso, motivando-nos nessa caminhada”.

 

Uma mensagem final aos leitores do site

“Tenham fé, acreditem em Deus e em vocês. Sejam e vivam a mudança que gostariam de ver no mundo, pois temos todos os dias a oportunidade de recomeçar e sermos melhores. Um dos maiores males da humanidade: a vergonha de assumir a religião, independente de qual seja. Resolvemos assumir publicamente que assumir uma religião pode e deve ser um caminho a ser seguido por todos”.

Contato para shows
Mauro Zandoná: (046) 99106- 0305

Esclerosada é a… !

31 de maio comemora-se o
Dia Internacional de Conscientização da Esclerose Múltipla.
Mas, afinal de contas, o que é Esclerose? E Múltipla ainda?

Certamente você já presenciou alguém xingando outra pessoa, para colocar em questionamento sua sanidade, de esclerosada. Talvez você mesmo, que está lendo esta coluna, já tenha usado essa expressão para se referir a alguém que você considerava senil. Mas, quem é esclerosado? O que significa isso?

Afinal de contas, o que é Esclerose? E Múltipla ainda?

A EM é uma doença que lesa a bainha de mielina e prejudica a neurotransmissão. Imagine que seu cérebro é uma central telefônica e a bainha de mielina a capa que reveste o fio que conduz a informação do seu cérebro, dos seus neurônios, para o resto do corpo.

Os portadores de EM possuem essa capa de revestimento danificada, como se estivesse quebrada em alguns pontos. Sendo assim a informação repassada do cérebro para o corpo (ou o contrário) pode conter alguns ruídos, que variam em cada caso podendo ser intensos e prejudicar o entendimento total ou não.

O sistema nervoso central, atingido pela EM, tem papel fundamental no desenvolvimento das funções do corpo. É através dele que chegam as informações relacionadas aos sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e é dele que partem ordens destinadas aos músculos e glândulas. Ou seja, se houver alguma inflamação ali (o que desencadeia um surto) qualquer uma destas funções pode ser prejudicada.

Os surtos que caracterizam a doença são sintomas variáveis, como perda de força de um ou mais membros, formigamentos ou dormências em partes do corpo, distúrbios de sensibilidade, vertigem, tremores, alterações na fala, dificuldade para caminhar e desequilíbrio que se apresentam em diferentes combinações ou isoladamente. Em alguns casos o paciente apresenta quadro de neurite óptica e ainda há registros de casos em que há perda de visão ou visão duplicada.

A EM é uma doença autoimune, agindo de maneira imprevisível e podendo ser considerada uma patologia diferente em cada paciente, já que os sintomas são muito singulares e a doença não segue nenhum roteiro.

EM – O que é Esclerose Múltipla & tratamento

No próximo dia 31 de maio se comemora o Dia Internacional de Conscientização da Esclerose Múltipla. Todos os anos a data é comemorada na última quarta-feira do mês de maio e fitinhas de cor laranja são usadas no peito para conscientizar sobre essa doença silenciosa e invisível.

De acordo com a National Multiple Sclerosis Society são cerca de 2,5 milhões de pessoas afetadas pela EM no mundo e conforme a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla aqui no país são aproximadamente 35 mil pessoas diagnosticadas com a doença que ainda não tem cura.

Eu sou uma dessas pessoas. Diagnosticada desde 2015, convivo diariamente com formigamentos, espasmos, fadiga e em alguns dias sinto pernas e braços muito pesados. Mais ou menos como se eu usasse uma caneleira, daquelas de academia, invisível e o tempo todo. Nos braços a sensação é a mesma, mas como se fosse pesada luva que se estende até o cotovelo.

Eu sou esclerosada. E ser esclerosada nada tem a ver com sanidade e apesar de ser um fardo, não é xingamento não. É bem okay ter esclerose e é bem okay viver com ela, seus sintomas e os efeitos colaterais do remédio. O que não é okay, amigos, é reproduzir falta de conhecimento.

O que já não é mais desculpa, ao menos se você leu até aqui.

Esclerose múltipla: informação é tudo!

VII Colóquio Nacional de Direitos Humanos: Passo Fundo, RS

O Colóquio Nacional de Direitos Humanos tem uma trajetória consolidada como espaço aberto, plural e amplo de reflexão sobre concepção, fundamentação e realização dos direitos humanos. É momento de fortalecimento de parcerias e de ampliação do envolvimento de diversos agentes sociais, políticos, culturais e educacionais a fim de qualificar a atuação em direitos humanos.

Visite o site do evento clicando aqui.

 

Considerando o contexto do debate sobre direitos humanos, o VII Colóquio debate os direitos sociais em razão da conjuntura de retrocesso e de ataque a estes direitos. Nesse sentido, o Colóquio tem como objetivos:

  • Debater de forma ampla, aberta e plural os direitos sociais como direitos humanos a fim de sensibilizar e comprometer com o enfrentamento dos retrocessos impostos pela conjuntura restritiva e a afirmação das lutas de resistência dos diversos sujeitos de direitos;
  • Refletir sobre os fundamentos, as estratégias e as dinâmicas sócio-políticas para a promoção da resistência política e para a organização pela efetivação dos direitos sociais;
  • Subsidiar o desenvolvimento de práticas sociais, políticas e educativas pautadas pelos direitos humanos na perspectiva do compromisso com a luta pela efetivação de direitos;
  • Desafiar à construção permanente de processos educativos e ações públicas pela participação e pela realização dos direitos humanos.

Inscrever-se no evento
Programação do evento
Mais sobre o evento

.
Fonte: CDHPF

Não é crime lutar pelo Brasil e pela democracia

lutar_democracia

 

A democracia que temos já não tem política.
Nela, o futuro se ausentou porque
as palavras não autorizam expectativas.
Será preciso reinventá-la, entretanto,
antes de desesperar.

 

Há tempo que a criminalização daqueles e daquelas que lutam por melhores condições de dignidade humana vem sendo denunciada no Brasil e no mundo. É inaceitável, numa democracia, que a violência instituída (violência policial) seja aceita como normal e necessária.

O Estado, instituído como guardião dos direitos, viola os mesmos quando reprime, violentamente, através das ações policiais, aqueles e aquelas que, pacificamente para buscar educação, terra, trabalho, saúde, segurança, lazer.

Ordem, associada ao progresso, move o imaginário daqueles que tem a ilusão de uma democracia ideal e pura. Mas a democracia acontece nas contradições, na dureza da cidadania cotidiana, difícil de ser construída. Nem todos estão convencidos de que a democracia pode conviver com uma “certa desordem”.

Em artigo publicado no Jornal Zero Hora, Nei Alberto Pies se posiciona sobre os desdobramentos do momento histórico brasileiro: “Descobrimos que somos também um país corrupto e onde corrupção passou a ser institucionalizada como prática de Estado, não só de governos. Onde grandes empresas, pelo menos nos últimos 30 ou 40 anos, mandam e desmandam os destinos de nosso país, associando-se a políticos das diferentes matrizes ideológicas para perpetuar seus enormes interesses econômicos. Todo mundo sabe da saturação da gente com o problema da desonestidade e corrupção. O problema não está em noticiar sobre o tema (afinal se este não é tema relevante, qual será?). A questão é noticiar todo dia como se fossem novas e mais sofisticadas formas de corrupção, quando sabemos que estão falando “mesmo do mesmo”. Veja mais aqui.

 

Como já escreveu Juremir Machado da Silva, “não existe democracia sem caos, confusão, entropia. A democracia é o sistema do dissenso. Na verdade, a democracia é um equilíbrio instável de ordem e desordem. Em alguns momentos, a desordem é mais importante do que a ordem. Tudo, claro, depende do grau de ordem e desordem”.

A criminalização é a face perversa do Estado e da sociedade que não permitem que a cidadania seja exercida na perspectiva dos “sujeitos de direitos”.

Quem luta por seus direitos, e pelos direitos dos outros, é ligeiramente taxado, acusado e condenado sumariamente. Os estigmas e preconceitos sociais atribuídos àqueles que lutam anulam a vivência de uma cidadania plena e ativa.

Autor Herson Capri na resistência ao retrocesso social de Temer. Assista esta importante entrevista que fala de todos os ataques aos direitos dos trabalhadores e do clima de hostilidade em que se encontra a população brasileira para emitir opiniões.

 

O diálogo, em busca dos consensos possíveis, constitui a ordem democrática, muito antes das leis e das imposições arbitrárias. Quando perdemos a capacidade de escutar, de sentar à mesa para negociar, não chegamos a consensos e acordos que, mesmo que provisórios, são sempre necessários para qualquer perspectiva de avanço dos direitos em questão.

A democracia nasce das palavras, da retórica e da persuasão. Por isso mesmo, manifestar-se não pode significar só gritaria, de um lado, e repressão, de outro. Sempre é preciso colocar os pleitos à mesa, estar aberto para ouvir e dialogar.

“O Congresso, todo atolado em corrupção, quer derrubar Temer e escolher o novo presidente. Mas não podemos permitir. É por isso que vamos às ruas pedir #DiretasJá. Só Eleições Diretas garantirão que as reformas propostas pela elite política e econômica deste país não afetem a vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras deste país.

 

Quem responde pelo Estado, bem como quem marcha nas ruas, precisa colocar-se em movimento, para construir soluções e encaminhamentos provisórios. Ninguém sai de uma manifestação com os direitos já conquistados, mas toda manifestação pode indicar avanços para a materialização dos mesmos. Nesta perspectiva, temos todos muito que aprender.

Como escreve Marcos Rolim, “a democracia que temos já não tem política. Nela, o futuro se ausentou porque as palavras não autorizam expectativas. Será preciso reinventá-la, entretanto, antes de desesperar. Porque o desespero é só silêncio e o melhor do humano é a palavra”.

Protásio Alves: Escola mãe e inspiração de outras escolas

A Escola Estadual Protásio Alves é a
mãe de todas as outras escolas e muitas memórias
foram levadas com pessoas que não estão mais entre nós.
Mas nós continuamos a dar a vida e o sangue
para dar boa educação ao povo de Passo Fundo.

 

Dia desses, nosso diretor Júlio Cesar Taietti Borges me chamou para contar uma passagem um tanto curiosa e, por outro lado, compreensível.

Dizia:

“Uma noite, num sábado, estava na minha sala terminando o horário das turmas quando, de repente, não mais que de repente, ouvi um barulho de que alguém tivesse batido muito forte uma porta.

No mesmo momento saí da minha sala, no corredor estava um tanto escuro. Logo acendo a luz do corredor. Desço silenciosamente as escadarias solitárias para chegar no andar de baixo, resolvi gritar, chamar por alguém, por mais que a certeza de havia somente eu naquela noite, mas como de supetão minha branda:

– Xuxa!!

Claro que apenas ouvi o eco de minha voz pelo solitário, frio e sombrio andar de baixo. Não mais que um segundo depois ouço bater estrondosamente a porta da minha sala no andar de cima.

Subo ofegantemente para ver, mas na minha vaga lembrança havia deixado a porta fechada. Quando acesso o andar superior, realmente constato que realmente a porta da minha sala estava chaveada.

Meu coração nesse momento começou a palpitar. Porém, logo penso: – deve coisa da minha cabeça.

Sento-me novamente em frente ao computador para terminar o horário, pois na semana seguinte essa tarefa deveria estar pronta. Olho pelo vitro que reflete a luz de fora enxergo um vulto passar.

De súbito abro puxo a porta para ver se enxergava algo nada, porém no memento que olho para outro lado aparece um reflexo no fundo do outro corredor de uma figura passar apressadamente.

Naquele momento, não consegui pensar em nada, pois meu cérebro estava congelado, apenas saí porta fora, sem que houvesse mais tempo para nada, nem se quer acionar o alarme. Desde aquele dia, fico pensando em coisas que não me largam a memória, pois, numa escola centenária como a nossa, muitas almas já passaram por aqui”.

Quando o diretor me contou isso, logo me passou pela cabeça que nossa escola passa 07 anos de um século e, por isso, quanta energia de vida, de desafios guarda no seu interior.

 

Protásio Alves: a mãe de todas as outras escolas

Não podemos esquecer que a Escola Estadual Protásio Alves é a mãe de todas as outras escolas e que muitas memórias foram levadas com pessoas que não estão mais entre nós.

Essa instituição vive ainda, por nós, educadores lutadores que derramamos o sangue para dar a boa educação ao povo de Passo Fundo.

“Podemos dizer que ela é o coração da cidade. Tanto é verdade porque guarda no seu endereço apenas Avenida Brasil, sem número, pois é o “Marco Zero” da cidade”.

A beleza está na vivência de quem se foi e de quem ainda vive, pode ser a beleza interna que é o pedagógico quando se atinge o sucesso de efetivar o conhecimento naqueles que ainda tem sede de aprender.

Percebemos o encantamento externo que é a parte predial que, graças a uma restauração minuciosa, renasceu como um dos prédios mais antigos da cidade. Tem acompanhado as manifestações de carinho que as pessoas têm pela escola centenária. Agora tomando o seu lugar de destaque, com visibilidade merecida.

 

Prédio e visual da escola hoje, em 2017

 

Para exaltar um pouco mais a beleza de educar também precisamos expor os desafios da parte pedagógica, que é o suporte da escola, pois ainda vivemos um momento nada animador porque há falta de muitos professores que nos deixa ansiosos e aflitos.

Muitos educadores adoecem porque estão sobrecarregados, com até 4 escolas para dar conta. Pergunto-me: – Como é possível um educador manter qualidade educacional com uma rotina fatigante diária. Outros ingressam e logo desistem diante do desencantamento da profissão, alunos indisciplinados, demora em receber, salários parcelados e congelados, além de terem o décimo pago em 12 vezes.

Sei que esta pode ser uma história um tanto assombrosa vivida pelo nosso diretor, porém consigo até entender e acreditar que se trata de várias almas inconformadas com a educação que vivenciamos em comparação à de tempos passados.

Sabemos que cada um tem uma mala (metaforicamente falando) para carregar neste caminho, neste processo educacional. Ela pode ser pesada, exigindo esforço.

Um novo Protásio Alves

Às vezes precisamos esvaziar as malas, mas o carregar ou o esvaziar depende de cada um. Isso é uma motivação pessoal e individual, todavia se cada um cuidar da sua mala, como deve ser, o desafio passa a ser coletivo, o que é o mais importante. Assim, torna-se mais fácil trabalhar e estudar numa escola mais leve e muito mais, ser feliz.

De mala leve, sua viagem será muito mais alegre e feliz porque a felicidade não é uma coisa grande e pesada. A felicidade é um monte de coisinhas que nos tornam mais próximos uns dos outros, mais companheiros, satisfeitos com aquilo que temos e, sobretudo, com aquilo que somos”. (Rosane Rupolo Mendes, 09/02/2017)

 

Veja também