Trabalho Infantil

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Explorar o trabalho infantil é impedir a emancipação do gênero humano em sua totalidade.

O trabalho infantil fere a dignidade humana e exige uma atitude ética de respeito. É comum encontrar em páginas dos jornais e em noticiários da TV e da internet estatísticas escandalosas sobre a exploração da mão-de-obra infantil. Isso denota que o sistema econômico vigente é o capitalismo selvagem que põe o lucro acima do valor da pessoa humana.

Explorar o trabalho infantil é impedir a legitimidade da cidadania, é macular a emancipação humana.

Afinal, ser criança é, acima de tudo, um direito garantido e reconhecido universalmente em qualquer estado democrático de direito. Então, explorar o trabalho infantil é um crime que exige reparo do Estado de direito.

A legitimidade política de uma sociedade passa pela maneira de como ela investe e cuida de suas crianças.

O desenvolvimento econômico, para ser correto, do ponto de vista ético e político, tem que primeiro garantir a qualidade de vida das pessoas, começando pelas crianças. Isso significa que a principal prioridade do Estado, em sua ação política, deve ser a infra-estrutura básica. Essa infra-estrutura é a mediação para que cada pessoa adquira o acúmulo material de sua existência no mundo. Esse acúmulo significa: moradia, trabalho digno, salário justo, saúde, educação, lazer. Neste sentido, a ética não precisa consultar a política para garantir sua legitimidade racional, mas a política para ser correta precisa da legitimidade ética.

A exploração da mão-de-obra infantil é um escândalo moral que entrava a cidadania e macula a dignidade do ser humano.

Explorar o trabalho infantil é impedir a emancipação do gênero humano em sua totalidade.

Uma sociedade que se pensa emancipada não pode matar o sentido horizonte de uma criança. Isso seria antecipar o seu futuro precocemente, impedindo seu direito de ser criança, através do trabalho. É um imperativo ético consagrado que o direito da criança é crescer brincado. Daí, com certeza, nascerá o cidadão (ã) condutor das liberdades públicas e privadas.

Eliminar o trabalho infantil é, acima de tudo, uma exigência ética e uma postura política correta de respeito aos direitos humanos fundamentais. Outrossim, não se faz desenvolvimento sustentável e responsável, impedindo as crianças de viverem sua dimensão lúdica infantil.

Pôr fim ao trabalho infantil é postular uma outra lógica de desenvolvimento que não seja a lógica do lucro pelo lucro, mas a lógica do desenvolvimento solidário, que garanta o direito infantil das crianças.

As crianças precisam ser estimuladas a brincar, jogar, praticar o lúdico.  Etimologicamente, brincar significa criar vínculos, socializar-se, conviver com o outro de forma prazerosa, de trocas e formação de regras que surgem naturalmente e que ajudam a consolidar a personalidade a em formação de maneira positiva. (Autora Rosangela Trajano) Leia mais: https://www.neipies.com/as-criancas-precisam-voltar-a-brincar-e-aprender-a-descontrair/

Autor: José André da Costa

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