Antes de conhecer Ilan Brenman, li seu livro “O que a terra está falando”. Encontrei um exemplar da obra na sala dos professores de minha escola, com carimbo do Ministério da Educação, FNDE, Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE 2013, Editora Edelbra).
Este conto é da tradição oral judaica e retrata com extrema sensibilidade o conflito, as guerras e as disputas em torno da terra. Foi uma surpresa agradável descobrir este texto e desafiar os alunos dos sextos anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Guaracy Barroso Marinho, num bairro de gente humilde de Passo Fundo, para interpretá-los através de desenhos.
A história foi dividida em 05 partes: a) Momento do arrendamento da terra; b) Arrendatário produzindo a terra; c) Reencontro e briga dos amigos; d) Juiz e a sentença; e) Reconciliação e paz.
Divididos em grupos, os alunos desenharam interpretando a sucessão de fatos que retratam as diferentes percepções que podemos ter sobre a mesma terra: terra seca e sem produção; terra produzindo a partir da intervenção humana; as disputas pela terra quando ela é produtiva; a sentença de que a Terra não tem dono e de que todos pertencem a ela; a reconciliação e a paz entre os amigos quando estes entendem que a terra não pode ser motivo de disputa e brigas.
Recomendo esta obra para que seja lida e interpretada por alunos do Ensino Fundamental II. O retorno é muito interessante e a história é instigadora da criatividade e curiosidade das crianças e adolescentes.
O autor Ilan Brenman é um dos mais importantes autores de livros infantis do Brasil.
As ilustrações que compõem esta publicação são da aluna do sexto ano Iasmyn Souza.