Só com vacina, a volta das aulas presenciais será segura para todas e todos.
A Secretaria Estadual de Saúde escancarou nesta semana o colapso do sistema de saúde: hospitalizados por Covid-19 mais que dobraram de janeiro para fevereiro e que não há como prover leitos de UTI suficientes para atender.
Pressionado por um documento conjunto do Ministério Público Federal, das Defensorias Públicas do Estado e da União, da Associação dos Juízes pela Democracia e por seu Comitê Científico, impuseram-se, enfim, restrições de bandeira preta. Porém, liberou-se a abertura das escolas de Educação Infantil e para os primeiros anos do Ensino Fundamental, em primeiro momento, situação revertida através de Ação Civil Pública encaminhada ao Judiciário pela Associação de Mães e Pais pela Democracia (AMPD) e CPERS Sindicato.
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O apelo das médicas e dos especialistas, de que é preciso conter imediata e urgentemente a transmissão do vírus, não se coaduna com essa liberação.
Nesse momento, a educação e os cuidados com as crianças têm que ter uma solução assumida por toda a sociedade. É o tempo que precisamos para mantermos a vida e buscarmos a vacinação de todos e todas.
Passamos todo 2020 lutando contra o negacionismo, os ataques à ciência, defendendo o distanciamento, os cuidados de higiene, por condições de tecnologia para o ensino remoto, por apoio aos empregos, à renda mínima, cesta básicas, tudo sem a perspectiva de solução para a crise humanitária que vivíamos.
Agora que a vacina já é uma realidade e a possibilidade de restauro da vida livre, do encontro, da atividade laboral plena, é um horizonte próximo, nada justifica acelerarmos a volta a uma normalidade que não é real e empurrarmos à doença e à morte a população obrigada a trabalhar.
Defendemos a economia que garante vida e não o contrário. Por isso, aprovamos recursos no orçamento estadual para que o governo possa comprar vacinas.
Por isso, mobilizamos leis e lutas para que o governo federal assuma sua responsabilidade e vacine o povo brasileiro. Por isso, apresentei projeto de lei colocando as trabalhadoras e os trabalhadores da educação como prioritários para a vacinação, após o primeiro grupo.
Só com vacina, a volta das aulas presenciais será segura para todas e todos. Aos profissionais, às crianças e aos jovens e suas famílias, revertendo o colapso do sistema de saúde e a ampliação das mortes.
#VacinaEducaçãoJá
Autora: Sofia Cavedon
Edição: Alex Rosset